Quinta-feira, 19 de setembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 28 de outubro de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não pretende enviar as Forças Armadas para intervir na crise de segurança pública do Rio de Janeiro. Segundo ele, enquanto ocupar o Palácio do Planalto, não haverá decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
“Eu não quero as Forças Armadas na favela brigando com bandido. Não é esse o papel das Forças Armadas. O que determinei é que a Aeronáutica reforce o policiamento nos aeroportos e que a Marinha reforce o policiamento nos portos. Nós vamos ajudar. A Polícia Federal tem que ajudar investindo em inteligência, detectando as pessoas e prendendo as pessoas”, explicou o presidente.
“Não é esse o papel das Forças Armadas e enquanto eu for presidente não tem GLO. Eu fui eleito para governar esse país e vou governar”, disse Lula.
A GLO é uma operação conduzida pelas Forças Armadas por um período definido, em que os militares agem em uma área restrita. No caso de uma intervenção no Rio, eles assumiriam o comando as ações de segurança no Estado.
O petista ainda criticou a intervenção militar realizada durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). De acordo com o ele, o apoio federal deve ocorrer por meio de inteligência com o apoio de agentes da Força Nacional e da Polícia Federal (PF). “Gastou-se uma fortuna com o exército no Rio de Janeiro e não se resolveu nada. Quando você faz uma intervenção abrupta os bandidos tiram férias e quando termina eles voltam”, disse.
Na sexta-feira (27), Lula completou 78 anos e reuniu 38 jornalistas, sete fotógrafos e quatro cinegrafistas em um café da manhã no Palácio do Planalto. Na conversa com profissionais da imprensa, o presidente abordou uma série de temas, como a retomada de programas sociais, a previsão de crescimento de 3% da economia do país em 2023, os investimentos previstos em infraestrutura via PAC e a perspectiva de ampliação do auxílio federal ao Rio de Janeiro para combater a violência no estado.
O empenho do Brasil na busca por uma solução pacífica para o conflito no Oriente Médio e para repatriar os brasileiros que estão em Gaza também foi citado. “Vou continuar falando em paz porque acredito que é a coisa mais extraordinária para tentar superar o poder das balas com o poder da conversa. O poder do diálogo é capaz de vencer a bomba mais competente que o ser humano seja capaz de produzir”, resumiu.
O presidente também relatou que está praticamente restabelecido da cirurgia a que foi submetido na região do quadril e que, assim que estiver liberado pela equipe médica, retomará a rotina de viagens pelo Brasil para dialogar com a população, sociedade organizada e gestores locais e estaduais.
No Ar: Bom Dia Caiçara