Segunda-feira, 16 de maio de 2022
Por Redação Rádio Caiçara | 20 de abril de 2022
O mundo registrou esta semana o menor número de mortes por covid desde o dia 28 de março de 2020, logo no início da pandemia. Dois anos atrás, as mortes provocadas pelo coronavírus se multiplicavam sem controle. Agora, a redução drástica nos óbitos.
Os Estados Unidos ainda são o país com o maior número de mortes por dia. Depois vêm o Reino Unido, Rússia e Coreia do Sul. O Brasil está em nono lugar.
“Esse bom resultado, do menor número desde 2020, é fruto de duas coisas. Primeiro, que as pandemias têm uma duração, elas não duram para sempre – felizmente. E, segundo, que esta pandemia, em específico, teve o grande feito talvez da história da ciência, que foi o desenvolvimento de uma vacina em tempo recorde”, explica o epidemiologista Pedro Halllal.
“O aumento da cobertura vacinal em todo o mundo associado à circulação prévia e o desenvolvimento de novos tratamentos específicos. Então, essa imunidade populacional que foi gerada previne o agravamento dos casos, hospitalizações e óbitos”, ressalta Júlio Croda, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
E a partir de agora? O Brasil atingiu um alto índice de vacinação e a vida segue quase sem restrições pelo País. Por isso mesmo, é preciso ter muita responsabilidade nessa fase da pandemia para que a nossa saúde seja preservada.
“Nos países como o Brasil, em que a vacinação é alta, a gente precisa corrigir as distorções entre os estados, estimular a vacinação nas crianças, que ainda não é tão alta. Em outros países, por exemplo alguns países da África, a gente tem que aumentar a cobertura vacinal. Quanto mais vacinarmos a população mundial, mais perto estaremos do verdadeiro fim da pandemia”, enfatiza Hallal.
Os especialistas recomendam cuidado para alguns grupos.
“O risco de transmissão diminuiu como um todo, mas é interessante que cada pessoa analise o comportamento de risco e a sua condição de saúde. Então, as pessoas idosas, com múltiplas comorbidades, que vão se expor a locais fechados com muitas pessoas. E quem tem qualquer tipo de sintoma, independente de testar ou não para covid, é importante que utilize a máscara, porque evita a transmissão para outras pessoas”, recomenda Croda.
Recentemente, a Fiocruz afirmou que a terceira onda de covid no Brasil está em fase de extinção, com a tendência de queda tanto no número de casos quanto no de mortes pela doença nas duas últimas semanas do mês de março.
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