Quarta-feira, 31 de dezembro de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 31 de dezembro de 2025
Famoso na noite paulistana, o empresário Oscar Maroni, dono do Bahamas Hotel Club, uma casa de entretenimento adulto em Moema, na Zona Sul de São Paulo, morreu nesta quarta-feira (31), aos 74 anos. Em nota no site da boate, a família afirma que ele “viveu intensamente e foi fiel às suas convicções e à sua liberdade”. A causa da morte não foi divulgada.
Figura polêmica, Maroni ficou conhecido por declarações provocativas e atritos frequentes com autoridades e políticos. Ao longo dos anos, Maroni foi alvo de diversos processos, principalmente relacionados ao funcionamento do seu estabelecimento. O local chegou a ser fechado e reaberto várias vezes por decisões judiciais.
Desde que surgiu, o Bahamas foi conhecido por ser frequentado por garotas de programa. Em 2007, quando funcionava como boate, Maroni foi preso por determinação da Justiça e solto um mês depois. À época, ele era acusado de explorar a prostituição no local. A prostituição não é crime no Brasil, mas a exploração dela, sim.
O empresário sempre negou que usasse o Bahamas para explorar a prostituição. Em entrevistas anteriores, alegou ainda que não podia impedir a entrada de garotas de programa no local.
Em 2011, a Justiça o havia condenado a 11 anos de prisão por explorar prostituição no Bahamas. Ele não foi preso dessa vez e voltou a negar o crime. Em 2013, o empresário foi inocentado pelo Tribunal de Justiça da acusação de favorecimento à prostituição.
Ainda em 2013, o Bahamas reabriu após ficar seis anos fechado. Maroni conseguiu autorizações da Justiça e da prefeitura para que o lugar funcionasse como hotel e prestador de serviços “pessoais e estéticos”. “Eu não sou bandido, marginal ou cafetão. O Bahamas é um bar frequentado por homens, mulheres e casais. O sabor da justiça é maravilhoso”, disse Maroni.
Em 2021, em meio à pandemia de Covid, Maroni foi multado por ter realizado uma festa clandestina num momento em que havia a determinação de distanciamento físico. Após denúncia anônima, uma operação encontrou 54 pessoas sem máscaras de proteção no hotel.