Sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Voltar Ministro defende que o governo avalie a volta do horário de verão e cita benefícios

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu nessa sexta-feira (17) que o governo avalie a possível volta do horário de verão, caso seja confirmado benefícios econômicos com o adiantamento dos relógios em uma hora.

Essa política do horário de verão era aplicada nos seguintes estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e também no Distrito Federal. Havia seletividade para regiões porque o horário de verão teria melhor eficácia nos locais do país mais distantes da Linha do Equador.

Em entrevista à GloboNews, o chefe da pasta avaliou que o debate sobre a volta desse horário não deve ficar restrito à necessidade de racionamento da energia. O Brasil, diz ele, está em condições de segurança energética.

“Eu tenho feito reiteradas reuniões a fim de que, mesmo não tendo necessidade energética, se avalie, o governo, a possibilidade de estimular a economia avaliando a possibilidade do horário (de verão)”, disse.

“É importante para o Brasil, mesmo que em um momento de segurança energética, quando ele (horário de verão) impactar positivamente a economia, a gente deve defendê-lo”, complementa.

Este argumento sobre um possível benefício econômico com o horário de verão é defendido por entidades como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Em uma carta enviada ao presidente Lula, em setembro, a Abrasel alegou que seus estabelecimentos comerciais podem ter aumento entre 10% a 15% no faturamento, em função da mudança nos relógios.

O argumento para justificar essa estimativa foi um possível aumento da frequência de clientes nos estabelecimentos e uma redução de custos das empresas, com o racionamento de energia.

“Eu vejo a discussão sem nenhum tabu. Inclusive, eu defendo isso no governo, que o horário de verão deve ser desatrelado da questão exclusivamente energética. Eu tenho defendido junto ao MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), junto a economia, que nós possamos olhar a questão do horário de versão de uma forma mais holística e de uma forma mais ampla”, declarou Silveira.

A Associação Comercial de São Paulo também se manifestou em prol da mudança no relógio. Em setembro, uma equipe técnica do Ministério de Minas e Energia (MME) havia descartado, por ora, a possibilidade de o governo voltar com o horário de verão. Essa política de horário especial foi extinta em abril de 2019, no governo de Jair Bolsonaro.

O adiantamento dos relógios em uma hora era justificado pela necessidade de redução de consumo de energia elétrica, na medida em que as pessoas poderiam, em tese, ter um melhor aproveitamento da luz natural. Funcionava ainda como um estímulo para que as empresas e a população em geral pudessem encerrar as atividades do dia com a luz do sol ainda presente, sem precisar de iluminação artificial.

Todavia, os técnicos do MME identificaram mudanças no hábito de consumo da população, com uma maior demanda por energia elétrica no período da tarde. Logo, o horário de verão não teria o mesmo resultado no sentido de redução do consumo.

Sob a gestão de Bolsonaro, o MME identificou que, embora o melhor aproveitamento da iluminação natural levasse a menor consumo de energia, houve intensificação do uso de equipamentos como ar-condicionado, o que teria anulado esses efeitos.

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No Ar: Caiçara Confidencial