Domingo, 19 de janeiro de 2025

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Voltar Ministro da Justiça pede que a Polícia Federal abra inquérito sobre indícios de manipulação de resultados em jogos de futebol

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, pediu à Polícia Federal (PF) que abra um inquérito para investigar um esquema ilegal de apostas esportivas no futebol brasileiro.

A 5ª rodada do Brasileirão começou nessa quarta-feira (10), com algumas equipes desfalcadas. Foram oito jogadores afastados preventivamente:

  • Vitor Mendes (Fluminense)
  • Richard (Cruzeiro)
  • Nino Paraíba (América-MG)
  • Pedrinho e Bryan Garcia (Athletico-PR)
  • Maurício (Inter)
  • Alef Manga e Trindade (Coritiba)

Os nomes desses jogadores aparecem na investigação de um esquema ilegal de apostas feita pelo Ministério Público de Goiás. Contra o jogador do Fluminense, os indícios são fortes.

Conversas por um aplicativo de mensagens sugerem que Vitor Mendes teria recebido dinheiro para levar cartão amarelo na partida contra o Fortaleza pelo Campeonato Brasileiro de 2022, quando ele ainda era jogador do Juventude.
Para fazer isso, ele teria recebido, antecipadamente, o valor de R$ 5 mil de um total de R$ 35 mil que seria pago pela empresa que tem como sócio Bruno Lopez, preso preventivamente e apontado como um dos chefes da quadrilha que alicia jogadores de futebol.

No entanto, os nomes de Vitor Mendes e dos outros sete jogadores afastados nessa quarta pelos clubes não aparecem entre os réus da denúncia oferecida à Justiça do Estado de Goiás.

Até agora, fora 16 acusados pelo Ministério Público. Sete jogadores de futebol; apenas um deles de um clube da série A do Campeonato Brasileiro, o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos.

Na terça (9), o clube afastou o jogador depois da divulgação de conversas entre ele e um apostador. Bauermann foi ameaçado por não ter recebido cartões em duas partidas do Brasileirão de 2022.

A operação Penalidade Máxima veio à tona em fevereiro, depois da denúncia do presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo. Ele descobriu que um dos atletas do clube teria tentado cooptar colegas de time a participar de um esquema ilegal de apostas.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, enviou ao presidente Lula e ao ministro da Justiça, Flávio Dino, um oficio solicitando que a Polícia Federal assuma as investigações. Logo depois, o ministro da Justiça determinou a instauração de um inquérito na Polícia Federal.

Em nota, a CBF descartou a suspensão das séries A e B do Campeonato Brasileiro e defendeu a punição veemente a atletas e demais participantes do esquema de fraude.

Os jogadores envolvidos em casos assim estão sujeitos a penas criminais e esportivas. Na Justiça comum, elas vão de dois a seis anos de prisão, além de pagamento de multa. Na Justiça desportiva, as penas variam de 180 a 720 dias de punição, além de multa até R$ 100 mil para réus primários. Mas, em caso de reincidência, o jogador pode ser banido do futebol.

“Todos os envolvidos serão punidos pela Justiça desportiva, todos que chegaram ao conhecimento da Justiça desportiva, principalmente através do Ministério Público de Goiás. Eles serão analisados e, se envolvidos, serão denunciados”, explica o procurador do STJD, Ronaldo Piacente.

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No Ar: Bom Dia Caiçara