Quarta-feira, 29 de outubro de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 28 de outubro de 2025
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse nesta terça-feira (28) que nenhum pedido foi negado ao Rio de Janeiro diante da crise de violência e que não recebeu do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), nenhuma informação prévia sobre a operação policial em curso e lamentou o número de mortes de agentes de segurança e inocentes com as ações policiais.
“Nenhum pedido feito pelo governador Cláudio Castro até o momento foi negado. A Polícia Federal tem trabalhado muito intensamente com recorde de apreensão de drogas e operações de inteligência. O governo federal tem atuado intensamente, seja com investimentos na área da segurança pública, com equipamentos, na parte prisional também”, disse o ministro.
Lewandowski voltou a defender a aprovação da PEC da Segurança Pública para que o governo federal possa coordenar esforços com os governos estaduais.
O ministro afirmou que Castro esteve em Brasília para solicitar ao Ministério a transferência de líderes de facções criminosas para presídios federais e que a solicitação foi atendida.
Afirmou ainda que, atualmente, a responsabilidade pela segurança pública “diz respeito exclusivamente aos governadores”, mas que a PEC da Segurança Pública poderia alterar isso.
O ministro ressaltou que a PEC, proposta pelo governo Lula e que tramita no Congresso, “visa exatamente a coordenação das forças estaduais com as forças federais e as municipais, o compartilhamento de inteligência e ações coordenadas e planejadas antecipadamente”.
Ao comentar a operação policial no Rio em combate ao Comando Vermelho, o ministro disse que a ação foi “cruenta”, ou seja, sanguinolenta.
“Lamentavelmente morreram agentes de segurança pública e pior ainda, pessoas comuns, pessoas inocentes. É de se lamentar isto. Agora, eu queria enfatizar que o combate à criminalidade, seja ela comum, seja ela organizada, se faz com planejamento, com inteligência, com coordenação das forças, enfim. Não posso julgar porque não estou sentado na cadeira do governador, mas quero apresentar a minha solidariedade às famílias dos policiais mortos, minha solidariedade às famílias dos inocentes que também pereceram nesta operação. E colocar à disposição das autoridades do Rio para qualquer auxílio que for necessário”, disse Lewandowski.
Ele também afirmou que a aplicação da chamada Garantia da Lei e da Ordem (GLO), operação por meio da qual as Forças Armadas Brasileiras, de forma provisória, exercem atividades de segurança pública, tem como pré-requisito o reconhecimento, por parte do governo estadual, de “falência dos órgãos de segurança”.
“A GLO é uma operação complexa, está prevista na Constituição Federal (…) e estabelece regras bastante rígidas para que essa operação de garantia da lei da ordem aconteça. Um dos requisitos é que os governadores reconheçam a falência dos órgãos de segurança nacional e transfiram as operações de segurança para o governo federal, mais especificamente para as Forças Armadas”, afirmou.