Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 25 de março de 2022
Presiganga eram os navios presídio utilizados pelos governos brasileiro e português nas décadas de 1830 a 1860 e administrados pela Marinha. Seu nome teria origem no termo inglês “press-gang” (grupos que recrutavam marinheiros à força entre a população) que foi abrasileirado para “presiganga” no Rio de Janeiro.
Em 1830 o Presiganga que foi alvo desta expedição no Rio Jacuí recebeu alguns alemães suspeitos de conspirarem contra o governo, entre eles o major Otto Heise. Recebeu tanto os imperiais presos na tomada de Porto Alegre, quanto os revolucionários presos na sua retomada. Entre os imperiais ali presos estava o major Manuel Marques de Souza, futuro conde de Porto Alegre, Do lado republicano foi logo em seguida preso Pereira Coruja e Vicente Ferreira Gomes. Para ali também foram enviados nomes como Jerônimo Gomes Jardim, Onofre Pires, Pedro Boticário e até Bento Gonçalves, entre outros farroupilhas. Até cidadãos norte-americanos suspeitos de auxiliarem os rebeldes, como Frederic Engerer, sócio do cônsul norte-americano em Porto Alegre tiveram o mesmo destino.
O local do naufrágio havia sido identificado em 2020 pelo antropólogo Marlon Borges Pestana em agosto de 2020, e nesta semana uma expedição utilizando sonares especiais cedidos pela Equinautic no Cisne Branco foi até o local, conseguiu efetivar o mergulho e recuperar alguns artefatos, como uma espada do período farrapo. Agora o fato está sendo relatado à Marinha do Brasil para emissão de autorização para os próximos mergulhos. O navio Presiganga está acomodado no fundo do Rio Jacuí com a proa para o Sul, tem aproximadamente 60 metros de comprimento e sua parte superior está há aproximadamente 4 metros da superfície.
Capitaneado por Flávio Longaray Ramirez, a expedição contou como os mergulhadores José Amadeu Silva De Freitas Freitas e Geraldo Senna, que além de mergulhadores também navegam pelas águas do guaíba, Lagoa dos Patos e pelo Brasil.
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