Segunda-feira, 21 de abril de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 15 de fevereiro de 2022
O Mercado Livre afirmou que excluiu de seu site o anúncio de produtos que fazem apologia ao nazismo, que estavam sendo comercializados por um vendedor de Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O responsável, cuja identidade não foi revelada, está suspenso da plataforma.
A ação do Mercado Livre foi motivada por uma denúncia feita pelo vereador de Porto Alegre, Leonel Radde (PT-RS), que também é policial civil e faz parte do grupo de “Policiais Antifascistas”.
Por meio de seu perfil no Twitter, Leonel Radde disse ter identificado patches inspirados em símbolos nazistas, com artes que fazem referência à SS, a polícia nazista durante o governo de Adolf Hitler na Alemanha. No anúncio da venda do item no site, que custava cerca de R$ 16, a descrição diz: “Patch Bordado Schutzstaffel Divisão Panzer SS 8×8 Mlt226”.
“O Mercado Livre compactua com o nazismo? Esses produtos estão sendo vendidos de forma aberta no site, produzidos aqui na cidade de Gravataí/RS, pela Toca do Bordado. As medidas judiciais já foram tomadas. Fascistas, não passarão!”, escreveu Radde, que reportou o caso à DPCI (Delegacia de Polícia Civil de Combate à Intolerância) do Rio Grande do Sul, no âmbito da Operação Bastardos Inglórias, que combate o nazismo no Estado.
O @MercadoLivre compactua com o Nazismo? Esses produtos estão sendo vendidos de forma aberta no site, produzidos aqui na cidade de Gravataí/RS, pela Toca do Bordado. As medidas judiciais já foram tomadas. Fascistas, não passarão! Seguimos na Operação Bastardos Inglórios! pic.twitter.com/UlerVGG4IV
— Leonel Radde (@LeonelRadde) February 14, 2022
Conforme a descrição do produto, a Toca dos Bordados, responsável pela fabricação, comercializava no Mercado Livre desde 2010. Nesse período, a empresa realizou mais de cem mil vendas.
Em comunicado ao portal UOL, o Mercado Livre informou que suspendeu o vendedor e afirmou que proíbe “a venda de produtos que pregam a violência e a discriminação e isso inclui itens não informativos, relacionados ou que fazem apologia ao nazismo”, sob a penalidade de que “tais anúncios são excluídos e o vendedor, notificado”.
A empresa afirma que mantém convênio com a organização World Jewish Congress para combater o “discurso de ódio racial e antissemitismo a partir da troca de informações, monitoramento, análise e exclusão de anúncios considerados proibidos nos 18 países em que opera”.
Fazer apologia ao nazismo é crime
Fazer apologia ao nazismo é crime previsto por lei no Brasil, com pena de reclusão que pode variar entre um a três anos, além de multa, conforme prevê o artigo 1º da Lei 7.716/89. É considerado apologia fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas e objetos de divulgação nazistas.
No Ar: Show da Tarde