Segunda-feira, 09 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 6 de agosto de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai participar entre os dias 8 e 9, da Cúpula da Amazônia, em Belém, no Pará. O evento vai reunir os oito chefes de Estados cujos territórios abrigam parte da maior floresta tropical do mundo: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
A cúpula, de iniciativa de Lula, tem o objetivo de fortalecer a cooperação entre os países amazônicos, além da definição de um posicionamento comum pelo desenvolvimento de Estados que detêm reservas florestais.
A região tem 6,3 milhões de quilômetros quadrados, abarcando a maior bacia hidrográfica do mundo e abriga 10% de toda a biodiversidade do planeta. Desse patrimônio, cerca de 60% se encontra em território brasileiro.
O Brasil elaborou uma minuta de declaração, que foi submetida ao escrutínio de vários órgãos do governo. “A partir daí, passamos [o documento] para os outros sete países [amazônicos] e a minuta foi supermodificada, porque agora a minuta é dos oito [países]”, completou a secretária de América Latina e Caribe, do Ministério das Relações Exteriores, Gisela Padovan. A manifestação dos Estados amazônicos vai receber o nome de Declaração de Belém.
A reportagem apurou que o documento deve abordar uma nova agenda comum de cooperação regional em favor do desenvolvimento sustentável da Amazônia, que concilie proteção do bioma e da bacia hidrográfica; inclusão social; fomento à ciência; tecnologia e inovação; estímulo à economia local; e valorização dos povos indígenas e de comunidades locais e tradicionais e seus conhecimentos ancestrais.
O documento vai ser levado à conferência do clima das Nações Unidas, a COP28, em Emirados Árabes, no fim deste ano. “Queremos preparar, pela primeira vez, um documento conjunto de todos os países que têm florestas para que a gente chegue unido à COP-28, nos Emirados Árabes, e possamos ter uma discussão séria com os países ricos, que desde 2009 prometeram liberação de US$ 100 bilhões para criar um fundo de ajuda à manutenção da floresta e da preservação da diversidade. Se tem sido dado, tem sido tão disperso porque ninguém tem notado. Vamos continuar cobrando”, disse Lula.
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