Terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Voltar Lula só confirmou presença em posse no Tribunal Superior Eleitoral após ser avisado que não estava prevista fala de Bolsonaro

A confirmação da presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) só aconteceu depois que aliados de Lula se certificaram de que a cerimônia não previa o discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo relatos, Lula havia externado preocupação com o fato de Bolsonaro poder usar, eventualmente, sua fala no TSE para criticar o petista.

Aliados do ex-presidente decidiram, então, fazer uma espécie de check-list do roteiro do evento com o próprio tribunal para garantir a presença do petista e sem risco de constrangimento.

As informações passadas a aliados de Lula pelo TSE foram a de que a cerimônia deve durar cerca de uma hora e meia e apenas quatro falas estariam previstas: além da de Alexandre de Moraes, a do ministro Mauro Campbell, corregedor-geral do TSE, a de Augusto Aras, procurador-geral da República, e a de Beto Simonetti, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Dinheiro de auxílio

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a pedir, em comício realizado no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, neste sábado (20), que seus apoiadores “peguem” o dinheiro do Auxílio Brasil, dizendo que o benefício irá durar apenas “até dezembro”.

“Se cair na conta de vocês o dinheiro, pelo amor de Deus, pegue logo e compre comida pra casa. Porque, se não pegar, depois de dezembro, o [ministro da Economia Paulo] Guedes vai tomar esse dinheiro. Porque a PEC disse que o dinheiro é só até o mês de dezembro”, disse.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Benefícios, mencionada por Lula, direcionou R$ 41,25 bilhões para a ampliação do Auxílio Brasil — que passou a ter valor mínimo de R$ 600 para cada família — e do Auxílio Gás, além da criação de subsídios a caminhoneiros e taxistas.

A norma prevê a expansão dos benefícios até dezembro. A partir de janeiro de 2023, o valor do Auxilio Brasil voltará a ser de R$ 400, a menos que um novo projeto seja promulgado.

A Presidência da República não se pronunciou até a publicação desta reportagem. A reportagem também procurou Paulo Guedes, que não respondeu ainda sobre as declarações do petista.

Na estreia de sua campanha, em fábrica da Volkswagen, o candidato do PT já havia comentado o tema.

“Eu fui favorável a votar no aumento emergencial, pedi para a bancada do PT votar. E quero dizer para vocês, se vocês conhecem alguém na rua que vocês moram, que está desempregado, e caiu um dinheirinho na conta dele, mande ele pegar. Porque se ele não pegar, o Bolsonaro vai tomar”, disse.

Durante o evento deste sábado, Lula também criticou, sem citar nomes, a propagação de notícias falsas com referências religiosas, que atingiram recentemente sua candidatura.

Ele mencionou a ligação entre essas instituições e políticos. “Tem gente que não está tratando a igreja para cuidar da fé ou da espiritualidade. Está fazendo da igreja um palanque político ou uma empresa para ganhar dinheiro.”

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