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Por Redação Rádio Caiçara | 18 de novembro de 2023
Depois de uma nova rodada de conversas com postulantes ao cargo de procurador-geral da República (PGR) na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou a aliados que cogita escolher um dos primeiros nomes que lhe foram apresentados. Em conversas com integrantes do governo e membros do Poder Judiciário, o petista mostrou que atualmente se divide entre os subprocuradores Antônio Carlos Bigonha e Paulo Gonet, com os quais se reuniu logo após iniciar as articulações sobre a PGR.
Carlos Bigonha tem apoio de uma ala do PT e de nomes do Ministério Público Federal ligados a Lula. Já Paulo Gonet é avalizado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
Um dos fatores que o governo Lula leva em conta para o comando da PGR é escolher um nome que passe “sem custo político” junto ao Senado, já que o indicado precisa ser aprovado primeiro pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, depois, em plenário. Na última segunda-feira, o petista se reuniu com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e um esse foi um dos temas debatidos na ocasião.
Nos bastidores do Congresso, Pacheco tem dito que não vê resistências para nenhum dos cotados.
Outros candidatos – Nos últimos dias, Lula teve reuniões com os subprocuradores Aurélio Rios e Luiz Augusto Santos Lima. Membros do governo afirmam que o presidente não se empolgou com nenhuma das opções e voltou aos nomes que lhe foram levados inicialmente.
Interlocutores ressaltam que a escolha de Lula hoje é guiada pelos padrinhos de cada candidato. Integrantes do governo, no entanto, têm evitado se comprometer diretamente com os cotados para o comando da PGR, pois avaliam que qualquer nome indicado será uma “aposta”.
São mais de 50 dias em que Elizeta Ramos ocupa a chefia da PGR de forma interina. Ela assumiu com o fim do mandato de Augusto Aras e, em seu primeiro mês, atuou de forma discreta discrição e fez despachos consonantes a bandeiras caras ao governo.
Tradicionalmente, o PGR era escolhido pelo presidente a partir de uma lista tríplice eleita pela categoria. Jair Bolsonaro não seguiu o modelo e nomeou Aras. Lula já deixou claro que também não vai optar por um dos três procuradores mais votados por seus pares, que neste ano foram Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e José Adonis.
No Ar: Bom Dia Caiçara