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Por Redação Rádio Caiçara | 17 de maio de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou, nesta quarta-feira (17), para uma viagem ao Japão, onde participa da Cúpula do G7, reunião de líderes das sete maiores economias do mundo: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá. O evento ocorre nos dias 20 e 21, em Hiroshima. A presença do Brasil é a convite do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.
Na manhã desta quarta-feira Lula transmitiu o cargo ao vice-presidente Geraldo Alckmin, que o acompanhou até a Base Aérea de Brasília.
Essa é a sétima vez que Lula participa da Cúpula do G7. As seis primeiras ocorreram nos dois primeiros mandatos, entre os anos de 2003 e 2009. E, desde então, o Brasil não comparecia a um encontro do grupo.
Na semana passada, antecedendo o encontro de líderes, ocorreu a reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G7, também no Japão. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve no evento como convidado ao lado de representantes de outros países emergentes. Foi a primeira vez que um ministro da Fazenda brasileiro participou desse encontro.
Em princípio, o presidente Lula irá se opor, em reunião do G-7 no Japão, a tentativas dos países do bloco de endurecerem o tom contra a Rússia em uma declaração final, que será assinada por países convidados, assim como é o caso do Brasil. O Itamaraty negocia para que o texto conjunto, que tem como tema de fundo a segurança alimentar e deve ser adotado de forma consensual, não seja usado para atacar Vladimir Putin por causa da guerra na Ucrânia.
Por seu efeito negativo em escala global, a guerra será citada nesse documento, principalmente por conta da cadeia produtiva e de distribuição de suprimentos e alimentos. Conforme o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros, o Brasil atua para adequar a linguagem, de forma que ela esteja em sintonia com a posição brasileira. O governo Lula tenta se equilibrar no conflito e apresentar-se como neutro.
O desenvolvimento sustentável e a situação da economia de países em desenvolvimento também está na pauta do presidente brasileiro. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adiantou que a crise econômica na Argentina será uma dos temas levantados por Lula no âmbito do G7. Para o presidente, é preciso fazer com que o Fundo Monetário Internacional (FMI) “tire a faca do pescoço da Argentina”.
Maiores parceiros comerciais do Brasil na América do Sul, os argentinos enfrentam uma nova crise na economia, com desvalorização do peso – a moeda local –, perda do poder de compra e altos índices inflacionários. Em março, a inflação no país vizinho chegou a 104% ao ano. Uma seca histórica também está afetando as safras de grãos da Argentina, aprofundando a crise econômica e colocando em risco as metas acordadas pelo país com o FMI no pagamento das dívidas.
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