Sábado, 24 de maio de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 26 de outubro de 2023
A demissão de Rita Serrano da presidência da Caixa acendeu o sinal vermelho sobre a representação feminina no governo. Serrano é a terceira mulher que deixa a equipe e todas são da “cota pessoal” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com essa dispensa, cresce a pressão para o petista segurar Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa que cuida do programa Minha Casa Minha Vida.
O cargo também foi pedido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O Centrão continua de olho ali, mas, ao que tudo indica, não vai levar essa cadeira. Inês Magalhães conta com o apoio do próprio Lula, que a conhece há vários anos, e do novo presidente do banco, Carlos Antonio Vieira Fernandes, indicado ao comando do banco pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os dois já trabalharam juntos.
As tratativas para o presidente avalizar o nome do novo presidente da Caixa, inclusive, passaram pela manutenção de Inês na vice-presidência de Habitação.
Parlamentares do Centrão afirmam que o governo “perderá tempo” se demorar para entregar as vice-presidências da Caixa Econômica Federal. Nesta quarta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) substituiu Maria Rita Serrano pelo economista Carlos Antônio Vieira Fernandes,
O governo fez um acordo para a entrega das 12 vice-presidências para outros partidos de centro e será cobrado por esses cargos, segundo interlocutores do Centrão.
Já os deputados do PT não veem pressa na entrega dos demais cargos do banco. “A saída da presidente era uma questão de ‘quando’. Agora, tem tempo para falar sobre outras mudanças”, comentou um parlamentar petista.
Os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das Cidades, Jader Filho, também saem em defesa de Magalhães. Quando foi eleito, Lula prometeu dar mais equilíbrio de gênero na composição do governo. Mas já caíram Ana Moser (Esporte) e Daniela Carneiro (Turismo).
Pressão do Centrão
O grupo de partidos de centro e de direita que controla a Câmara tem usado a pressa do governo em liquidar essas pautas como instrumento de barganha nas negociações sobre indicações políticas em cargos federais e também para conseguir mais emendas em 2024, ano de eleição municipal.
Atualmente, há R$ 46,3 bilhões em emendas parlamentares no Orçamento de 2023, o que já é um valor recorde. Emenda parlamentar é o mecanismo pelo qual deputados e senadores enviam dinheiro para bancar obras e projetos nos seus redutos eleitorais.
No Ar: Show Da Manhã