Quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Voltar Lula diz que o Brasil vai participar da Organização dos Países Produtores de Petróleo+, mas não vai “apitar nada” nas decisões do bloco

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (2), que o Brasil vai participar do grupo Opep+, mas não vai “apitar nada” nas decisões do bloco formulado pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep).

Lula participou de um encontro com a sociedade civil durante a Cúpula do Clima da ONU (COP-28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Na reunião, representantes de organizações não governamentais defenderam postura enfática contra os combustíveis fósseis e cobraram a demarcação de terras indígenas conforme prometido pela gestão do petista.

“Muita gente ficou assustada com a ideia de que o Brasil ia participar da Opep. O Brasil não vai participar da Opep, vai participar da Opep+”, disse o presidente, comparando com sua participação no G7, que reúne as sete democracias mais poderosas do mundo:

“Eu vou lá, escuto, só falo depois que eles tomarem a decisão e venho embora. Não apito nada. A Opep+ eu acho importante a gente participar, porque a gente precisa convencer os países que produzem petróleo que eles precisam se preparar para reduzirem os combustíveis fósseis”, disse.

“Da Opep+ acho importante a gente participar, porque a gente precisa convencer os países que produzem petróleo que eles precisam se preparar para o fim dos combustíveis fósseis. E se preparar significa aproveitar o dinheiro que eles lucram para fazer investimento, para que os continentes como o africano e a América Latina possam produzir os combustíveis renováveis que eles precisam, sobretudo o hidrogênio verde. Porque se a gente não criar alternativa, a gente não vai poder dizer que vai acabar com os combustíveis fósseis”, acrescentou Lula.

Também neste sábado, Lula afirmou que são os países ricos que devem pagar a conta pela preservação das florestas do planeta. O petista destacou que essa é a primeira vez, em 28 anos de COPs, que as “florestas falam por si”.

Nesta COP, o governo brasileiro apresentou proposta para que os países com Fundos Soberanos invistam, ao menos, US$ 250 bilhões em um Fundo para manutenção das florestais tropicais de todo o mundo.

“É a primeira vez que as florestas vêm falar por si. É a primeira vez que nós estamos dizendo: não basta evitar desmatamento, é preciso cuidar da floresta, cuidar das pessoas que moram na floresta, e cuidar da biodiversidade da floresta. Isso custa muito dinheiro, e os países ricos têm que ajudar a pagar essa conta. É isso que nós queremos nesta COP”, afirmou.

 

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