Sábado, 10 de maio de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 10 de maio de 2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou neste sábado (10) na China. Em Pequim, a comitiva brasileira tenta aproveitar o “tarifaço” dos Estados Unidos para fortalecer negócios junto ao mercado chinês.
Após a escala na Rússia, Lula deve ficar em solo chinês até a próxima quarta-feira (14). Entre outros compromissos, o petista terá reunião com o presidente da China, Xi Jinping.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil, e o governo brasileiro avalia que há espaço para ampliar as exportações para o país asiático. A “oportunidade”, como ministros têm chamado, tem relação direta com a guerra comercial entre os Estados Unidos e os chineses. Iniciada em fevereiro, a disputa levou a sobretaxações mútuas e estremeceu a relação entre os países:
Os americanos passaram a cobrar uma tarifa de 145% sobre todas as importações da China. Em resposta, a China aplicou uma taxação de 125% sobre produtos americanos e revogou autorizações de venda ao mercado chinês de uma série de frigoríficos dos EUA.
A ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) mapeou 400 oportunidades para ampliação dos negócios entre Brasil e China. As possibilidades estão espalhadas em uma série de setores, com especial destaque para o agronegócio.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, já afirmou que o Brasil pretende se “apresentar” como alternativa aos frigoríficos americanos desabilitados pelo governo chinês.
Fávaro é, aliás, um dos membros da comitiva de Lula à China. A pasta da Agricultura afirma que um dos objetivos da visita é a conclusão de um acordo para reduzir burocracias no registro de produtos biotecnológicos.
Em solo chinês, Luiz Inácio Lula da Silva estará acompanhado também de outros ministros, autoridades e cerca de 200 empresários.
A agenda de Lula prevê participação em um seminário com empresários chineses e brasileiros, organizado pela Apex. Marcado para segunda-feira (12), o encontro, de acordo com a agência, tem como objetivo justamente “discutir a ampliação das relações comerciais entre os dois países”.
Além disso, o cronograma também conta com a participação do presidente brasileiro: em reunião com representantes da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos); em encontro com Xi Jinping.
Foco no Brics
Além das oportunidades de negócios, a ida de Lula à China também reflete os esforços do governo em reforçar o papel do Brasil no Brics. O Brics é um grupo formado pelas chamadas economias emergentes, composto por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul. O Brasil tem a presidência do grupo neste ano e vai sediar, em julho, a cúpula de líderes do Brics, que terá como foco a reforma da governança global e o aprofundamento de parcerias estratégicas.
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