Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 6 de setembro de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fechou o desenho da reforma ministerial, na tentativa de obter maioria de votos no Congresso, e selou acordo com o Centrão. Lula decidiu demitir Ana Moser do Ministério do Esporte e entregou a pasta para o deputado André Fufuca (PP-MA), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Já o de Portos e Aeroportos para Silvio Costa Filho (PE), vice-presidente do Republicanos, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.
Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou que a nomeação e a posse de Fufuca como ministro do Esporte ocorrerá quando Lula voltar de viagem da Índia, onde está marcada a reunião da cúpula do G20. Assim, a posse do novo comandante da pasta só deve ocorrer na próxima semana.
O presidente recebeu Ana Moser em seu gabinete na noite de terça (5). Ela voltou a se encontrar com o mandatário nesta quarta-feira, poucas horas antes do anúncio da reforma, no Palácio da Alvorada. Horas depois, foi a vez de Fufuca e Silvinho chegarem para uma reunião com Lula na residência oficial.
Eles chegaram ao local no mesmo carro que o responsável pela articulação política do governo, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais).
Já Silvio Costa Filho ocupará o lugar de Márcio França (PSB), que agora será o titular do novo ministério da Pequena e Média Empresa. A pasta já vai trocar de novo antes mesmo de ser criado, para agradar França e seus aliados.
Ana Moser foi demitida na esteira da reforma ministerial que o presidente da República fará nas próximas horas, como o objetivo de abrir espaço para os partidos PP e Republicanos no governo federal.
A ex-atleta olímpica, militante da área esportiva e apoiadora de primeira hora da candidatura de Lula, foi a segunda ministra mulher demitida por Lula para dar espaço ao Centrão. A primeira foi Daniela Carneiro, retirada do Ministério do Turismo a pedido do União Brasil.
Erros e acertos
Durante o período à frente da pasta, Ana Moser cravou o Brasil como candidato a país-sede da próxima edição da Copa do Mundo Feminina, marcada para 2027. Por outro lado, recebeu críticas da comunidade dos esportes eletrônicos, quando afirmou que a modalidade “não é esporte”.
A demissão de Ana Moser, no entanto, gerou repercussão negativa entre associações esportivas ligadas a atletas.
“O esporte não é moeda de troca. Nos sentimos envergonhados e desprestigiados, vendo que o esporte no Brasil continua sendo encarado como algo menor”, diz o texto, assinado pela Comissão de Atletas do Comitê Olímpico Brasileiro e pelos grupos Atletas pelo Brasil e Movimento Esporte pela Democracia.
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