Domingo, 13 de outubro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 23 de junho de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não vai participar de um jantar que teria com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, nesta sexta-feira (23), em Paris.
O jantar oferecido ao petista e à primeira-dama, Janja da Silva, estava marcado na residência oficial da Arábia Saudita na capital francesa.
Conforme a assessoria do presidente, a mudança aconteceu pois Lula teve uma agenda pesada nos últimos dias na Europa.
O petista chegou na terça-feira a Roma, na Itália, se reuniu no Vaticano com o Papa Francisco e ficou dois dias em Paris.
Nesta sexta, Lula participou da cúpula que discutiu um novo pacto financeiro global e teve uma reunião de trabalho com o presidente da França, Emmanuel Macron.
União Europeia
O presidente classificou, nesta sexta-feira (23), como “ameaças” as exigências da UE (União Europeia) para a finalização do acordo do bloco com o Mercosul. O petista deu a declaração durante a Cúpula Sobre Novo Pacto de Financiamento Global, em Paris, na França. Ele discursou ao lado do presidente francês Emmanuel Macron.
No pronunciamento, Lula se referiu a dispositivos que preveem sanções, consideradas “duras” pelo governo brasileiro, em caso de descumprimento de obrigações por parte dos países participantes do acordo.
“Eu estou doido para fazer um acordo com a União Europeia. Mas não é possível. A carta adicional que foi feita pela União Europeia não permite que se faça um acordo. Nós vamos fazer a resposta e vamos mandar a resposta, mas é preciso que a gente comece a discutir. Não é possível que nós temos uma parceira estratégica e haja uma carta adicional que faça ameaça a um parceiro estratégico”, afirmou o presidente.
O acordo entre os dois blocos é negociado desde 1999.
Arábia Saudita
O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, vem sendo criticado por países ocidentais. Em 2021, um relatório da inteligência dos Estados Unidos atribuiu ao príncipe a responsabilidade pela morte do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018.
A Arábia Saudita também é criticada na comunidade internacional por restrições nos direitos de mulheres. Apenas em 2018 o governo autorizou mulheres a dirigir.
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