Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Voltar Lula afaga militares garantindo-lhes “brinquedos”

Político esperto e experiente, o presidente Lula (PT) sabe como ganhar corações e mentes nas Forças Armadas. Além de escolher para o cargo um ministro da Defesa leve no trato e politicamente talentoso, como José Múcio, o presidente reverterá expectativas, como já fez antes, pagando salários de que os quartéis não se queixem, não mexendo em regalias e garantindo “brinquedinhos” que militares tanto apreciam: armamentos. E o profissionalismo das Forças Armadas os manterá longe da política.

Investimentos

Lula conhece esse caminho e Múcio também, daí a reunião de sexta (20) com os comandantes militares para definir investimentos.

Virou alvo

As declarações de Múcio após a reunião enfureceram petistas raivosos, que exigem a cabeça do ministro, e repórteres que apostavam no pior.

Esporte da hora

A irritação decorre da frustração das expectativas geradas pelos adeptos do esporte favorito de Brasília nestes dias: a procura de cabelos em ovo.

Caminho das pedras

Lula deixou militares felizes em 2006 ao fechar acordo de €6,6 bilhões com o francês Nicolas Sarkozy para fazer o submarino nuclear brasileiro.

Verba de gabinete custará R$728 milhões ao ano

Com o aumento de 6% na verba de gabinete dos deputados, chancelado pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, a verba dos parlamentares custará R$728,7 milhões por ano ao pagador de impostos. O Ato da Mesa nº 268/23 que garantiu a grana extra não parou por aí e instituiu mais dois aumentos: 6% em fevereiro de 2024 e outros 6,13% para 2025. O novo valor já sai no próximo holerite. Cada deputado terá R$118.376,12 mensalmente para torrar com assessores.

Exército particular

A grana é para bancar até 25 secretários parlamentares, em Brasília ou nos estados . O cargo é cobiçado, já que é livre de bater ponto.

É outra coisa

A dinheirama nada tem a ver com o salário dos nobres, de R$ 41.650,92 em abril. E vai subindo até chegar aos R$ 46.366,19 em 2025.

Mordomias

Outras indecorosas regalias, como carro oficial, imóvel funcional ou ajuda de custo para bancar aluguel, também continuam garantidas.

Poder eles podem

Os donos bilionários não deveriam deixar os credores das Americanas na rua da amargura. Beto Sicupira, por exemplo, que tem fortuna pessoal de R$ 40 bilhões, pagou dia desses R$ 101 milhões por um helicóptero.

Que se explodam

Espanta, na Ucrânia, o desinteresse geral pelo fim do conflito. Ao contrário, só se fala em vender mais armas para os ucranianos. Ninguém se apresenta para negociar a paz. Nem o Papa ou o chinês Xi Jinping e nem muito menos António Gutérres, medíocre secretário-geral da ONU.

Falou

Diplomata com bom trânsito entre os militares, Arthur Virgílio não perdoou comentários do presidente Lula. Virgílio classificou a desconfiança do petista como “cafona, autoritária e medrosa”.

Esquerda pode

No Peru, protestos esquerdistas que não reconhecem a nova presidente provocam destruição e 54 pessoas já foram mortas. Mas ninguém, lá ou aqui, chama isso de “atos antidemocráticos”, nem o acusa de “golpistas”.

Bem feito

Marina Silva (Meio Ambiente) posou para um factoide com Greta Thunberg, mas a intratável adolescente ativista disse depois que quem vai a Davos, e a ministra foi, “alimenta a destruição do planeta”.

Sem amizade

Por falar em chatonildos, Randolfe Rodrigues, do partido de Marina Silva, não segue a correligionária nas redes sociais, apesar de ser seguido por ela. Mas segue Lula, de quem falava mal publicamente há poucos anos.

Detalhe na mecânica

Candidato a presidente do Senado, Eduardo Girão (Pode-CE) crê que sua campanha “incomoda” o candidato à reeleição, Rodrigo Pacheco (PSD-MG): “repetem-se turnos até que um [candidato] obtenha 41 votos”.

Tech derrete

O Google anunciou a demissão de 12 mil funcionários na mesma semana em que a Microsoft fez o mesmo com 10 mil empregados. Nos últimos meses, Facebook demitiu 11 mil e Twitter outros 6 mil.

Pensando bem…

…a fraude na Americanas é bem brasileira.

PODER SEM PUDOR

Pouca vergonha no campo

O ministro Antonio Andrade (Agricultura) gostava de viver perigosamente. Diante da sua chefe, Dilma Rousseff, ele se saiu com esta, durante seu discurso no lançamento do Plano Safra, em Salvador (BA): “Temos agora nas plantações uma lagarta indecente, que, depois de comer a soja e o algodão, comem umas às outras…” Madame fechou a cara e fez um bico, afagando a caneta, com toda pinta de quem ia demiti-lo. Mas não o fez. Não naquele período.

(Com a colaboração de Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)

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