Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 22 de setembro de 2023
Não é novidade que a ansiedade é o mal do século. Depois da pandemia, o número de pessoas com a condição aumentou drasticamente em todo o mundo. Porém, agora, é cada vez mais comum que famosos e influenciadores usem suas redes sociais e os milhões de seguidores para falar sobre a doença e como isso afeta o dia a dia.
O cantor Wesley Safadão, por exemplo, precisou cancelar sua agenda de shows e se afastar dos palcos por um período por conta de suas crises, a atriz e comediante Tatá Werneck também falou publicamente sobre isso, bem como a cantora Luísa Sonza.
A última famosa que falou sobre as crises de ansiedade que sofreu foi a modelo Erika Schneider. Aos 32 anos, ela está em Milão para prestigiar, pela primeira vez, a semana de moda. Segundo ela, o nervoso foi tanto que ela chegou até a arrancar os apliques do cabelo.
“Gente, não estou aguentando isso, estou muito nervosa”, disse ela aos prantos. “Chorei muito porque estou muito nervosa. Ando muito ansiosa. Muita coisa acontecendo”, escreveu a ex-bailarina do Faustão na descrição da imagem.
Sintomas
A ansiedade é uma resposta fisiológica, cognitiva e comportamental do organismo, na qual uma série de sintomas são experimentados, como o aumento da frequência cardíaca, sudorese, tontura, sensação de engasgo e pressão no peito, assim como a certeza de que algo mais sério está eminente.
Contudo, o “ataque” de ansiedade revela um agravamento nessa resposta, que pode se assemelhar a uma eminência de morte, já que a pessoa tem fortes dores no peito. Segundo pesquisas, aproximadamente 30% da população já teve uma crise como essa em algum momento da vida, e muitas pessoas não sabem identificar que a origem pode ser a ansiedade.
A exposição a estressores diários crônicos, como excesso de trabalho, responsabilidades excessivas, dificuldades econômicas, pode aumentar os níveis de ansiedade, o que influencia o sistema de alarme na ausência de perigo real.
O principal problema dos ataques é a interpretação que se faz sobre os sintomas físicos que a pessoa está sentindo, pois acredita-se que são muito perigosos e que podem causar a morte.
Quando a pessoa é capaz de questionar essas interpretações errôneas e está ciente de que esses sintomas não são realmente perigosos e que a pressão no peito é devido a pressão muscular, os sintomas físicos diminuem.
Wesley Safadão
O cantor Wesley Safadão anunciou por meio de suas redes sociais no início do mês que faria uma pausa por tempo indeterminado dos palcos porque estaria passando por “fortes crises de ansiedade”, segundo a assessoria dele. Em um de seus últimos shows, o cantor disse que não estava bem nos últimos dias.
“Estou faz três dias sem conseguir dormir. Para quem não está entendendo, o que o Safadão tem, na verdade, é cabeça, é mental. Me deram um sossega leão antes desse show, consegui cochilar umas horinhas, e consegui fazer esse show. São dias delicados, eu não venho muito bem nos últimos dias”, explicou.
Nesta quinta-feira, 21, o artista disse que retomará a agenda de shows a partir do dia 29 de setembro. “Avisa aí que o Safadão tá voltando. Vocês não têm noção do tamanho da minha felicidade em publicar isso e poder gritar para o mundo que estou retornando os palcos”, escreveu ele.
Tatá Werneck
Em março, a atriz usou suas redes sociais para falar que está em tratamento médico para controlar as crises de ansiedade e contou que exercícios físicos têm aliviado os sintomas.
“Sempre tive uma loucura (de dizer): “Ah, não faço exercício”, “Meu corpo rejeita exercício”… Enfim, uma idiotice que eu falava (…) Eu estava tendo muitas crises de ansiedade. O que eu entendi com as crises de ansiedade que tive? E foram “crises maneiras”. Entendi que precisava de uma rotina, que a rotina me dava uma sensação de controle”, disse.
Luísa Sonza
Nesta quarta-feira, a cantora participou do programa “Mais Você” com Ana Maria Braga e falou sobre o diagnóstico que recebeu de crise de ansiedade há alguns anos. A artista também luta contra crise de pânico e depressão.
Sonza afirmou que não costuma implodir com as situações, e buscas as melhores alternativas para encontrar um refúgio.
“Quando estou com muito medo, com crise de pânico, ansiedade e na depressão, eu me esforço, e muito didaticamente mesmo. Emocionalmente você não tem vontade nenhuma, [só] de se afundar e acabou, mas racionalmente eu coloco na minha cabeça que eu tenho que olhar”, explicou.
Segundo ela, o que a ajudou é olhar de frente para o problema e ver que “o monstro sempre fica menor do que ele realmente é”.
No Ar: Caiçara Confidencial