Terça-feira, 15 de outubro de 2024

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Voltar Lojistas defendem cartão de crédito sem juros

Um grupo de 11 entidades ligadas aos setores de varejo e serviços do País lançou nesta semana um movimento em defesa do parcelamento de compras no cartão de crédito sem a incidência de juros.

Chamado de “Parcelo Sim”, o movimento terá ações de comunicação e vai colher assinaturas pela preservação do instrumento. O site parcelosim.com.br já está no ar disponibilizando um abaixo-assinado para os internautas que resolverem aderir à ideia.

“Todos sabem que o Parcelado Sem Juros ajuda muito o brasileiro a conseguir conquistar seus sonhos. Também é importante para quem passa por um momento de dificuldade e precisa parcelar. Tem gente querendo mexer no Parcelados Sem Juros. Não deixe que isso aconteça. Participe do nosso abaixo-assinado e ajude a salvar esse direito dos brasileiros”, diz trecho do site disponível para conhecer a proposta.

De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), essa modalidade de pagamento é adotada por 90% dos varejistas e, segundo o Datafolha, 75% da população faz uso dela. O movimento, que se diz apartidário, tem por objetivo sensibilizar autoridades dos poderes Executivo e Legislativo para evitar o que chama de “vilipêndio” dos grandes bancos aos lojistas e aos clientes, segundo nota à imprensa.

Nas discussões que se arrastam há meses, o varejo e o setor de serviços defendem a manutenção do parcelado sem juros no formato atual, sem limite para o número de parcelas. Os bancos dizem que é preciso limitar as parcelas para que caiam os juros do crédito rotativo, usado por clientes que não pagam a totalidade da fatura do cartão, cujas taxas passam de 400% ao ano.

O governo e o Banco Central (BC) também participam das discussões. O BC chegou a propor uma limitação do parcelado a 12 vezes, que foi considerada insuficiente pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A proposta foi considerada como anticoncorrencial por fintechs, empresas independentes de pagamentos (maquininhas) e pelo varejo.

“O Movimento ‘Parcelo Sim!’ é propositivo, com a reunião de mais de 10 entidades. Queremos informar a população sobre as consequências nefastas que uma mudança nesse produto, que é o campeão de preferência do consumidor, pode provocar”, informou em nota o presidente executivo da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Paulo Solmucci Júnior.

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