Domingo, 13 de outubro de 2024

Domingo, 13 de outubro de 2024

Voltar Líder do Grupo Wagner diz controlar instalações militares em cidade ao sul da Rússia

O chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, afirmou, neste sábado (24), que está controlando as instalações militares de Rostov, no sul da Rússia.

“Estamos no quartel-general às 7h30. As instalações militares em Rostov, incluindo o aeródromo, estão sob [nosso] controle”, afirmou. Segundo Prigozhin, as medidas não estão atrapalhando as operações na Ucrânia.

“Os aviões que partem para o trabalho de combate partem normalmente sem problemas. Os vôos médicos estão partindo como sempre. Tudo o que fizemos foi assumir o controle para que a aviação de ataque não nos atingisse, mas sim na direção ucraniana”, prosseguiu.

“O quartel-general principal, o principal ponto de controle está funcionando normalmente, não há problemas. Nenhum oficial foi isolado”, explicou.

O líder mercenário pediu ainda a presença do ministro da Defesa da Rússia, Serguei Choigu, e do comandante das Forças Armadas do país, general Valeri Gerassimov, na cidade e afirmou que bloqueará tudo até isso acontecer.

“Queremos [Gerasimov] e Shoigu. Até que eles cheguem, vamos ficar, bloquear Rostov e seguir para Moscou”, expôs.

Mais cedo, Prigozhin acusou a liderança militar russa de atacar um de seus acampamentos militares e matar uma “grande quantidade” de suas forças mercenárias. Em seguida, prometeu atacar as forças oficiais russas como represália.

Prigozhin afirmou que o Ministério da Defesa russo enganou o Grupo Wagner e prometeu “responder a essas atrocidades”.

“Eles nos enganaram sorrateiramente, tentando nos privar da oportunidade de defender nossas casas e, em vez disso, caçar Wagner. Estávamos prontos para chegar a um acordo com o Ministério da Defesa para entregar nossas armas e encontrar uma solução para continuarmos a defender país. Mas esses canalhas não se acalmaram”, expôs Prigozhin em uma nota de voz postada no Telegram.

Ele ainda promete retaliação: “Muitas dezenas, dezenas de milhares de vidas, de soldados russos serão punidas”, declarou Prigozhin. “Peço que ninguém oponha resistência. Aqueles que mostrarem tal resistência, consideraremos isso uma ameaça e os destruiremos imediatamente. Isso inclui qualquer bloqueio de estrada em nosso caminho, qualquer aeronave vista sobre nossas cabeças”, prosseguiu.

Também foi solicitado pelo mercenário que todas as pessoas que fiquem em casa e “mantenham a calma, para não serem provocadas”. Em seguida o principal comandante da Rússia na Ucrânia, Sergey Surovikin, ordenou aos mercenários que interrompessem a rebelião e obedecessem ao presidente Vladimir Putin.

Grupo Wagner

O Grupo Wagner é uma empresa paramilitar privada com ligações com o governo russo. Eles já existiam antes da guerra na Ucrânia , mas quando a Rússia começou a perder muitos homens na Ucrânia, o Wagner começou a recrutar prisioneiros e civis russos, assim como estrangeiros.

Muitas vezes eles são o grupo de frente nas disputas na guerra da Ucrânia, e há muita troca de acusações entre Prigozhin e os comandantes do exército russo. Prigozhin e o Wagner, que apoiam a invasão russa da Ucrânia, já vinham se desentendendo com o exército há meses. O grande rival de Prigozhin é o ministro da Defesa, Sergei Shoigu.

Nesta sexta-feira (23), ele afirmou que o Ministério de Defesa russo atacou um acampamento do grupo e que muitos de seus combatentes morreram. Foi então que ele afirmou que estava abertamente em confronto com o ministério.

Por volta das 20h desta sexta-feira, no horário de Brasília, Prigozhin afirmou que o grupo havia atravessado a fronteira da Ucrânia sentido Rússia.

“Aqueles que destruíram nossos rapazes serão punidos. Peço que ninguém ofereça resistência. Somos 25 mil e vamos descobrir por que o caos está acontecendo no país”, disse o chefe do grupo Wagner. “Este não é um golpe militar. É uma marcha por justiça. Nossas ações não interferem de forma alguma nas tropas.”

Voltar

Compartilhe esta notícia:

Deixe seu comentário

No Ar: Show Da Manhã