Sexta-feira, 24 de outubro de 2025

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Voltar Lavagem de dinheiro: bancos fecham parceria para combater crimes financeiros

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) fecharam parceria para modernizar sistemas internos de combate ao crime financeiro.

O anúncio ocorreu na quarta-feira (22) durante o 15.° Congresso de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo, na esteira de operações como a Carbono Oculto, que revelou ligações entre fintechs e facções criminosas.

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, disse que o setor “não precisa e não quer dinheiro do crime”. Ele exortou o que chamou de “elos fracos do sistema bancário” a fortalecerem estruturas para combater ilegalidades. “Os bancos brasileiros sérios – e não são poucos – renovam compromisso de continuarem na linha de frente da defesa da integridade do sistema.”

Sidney opinou que o Estado “errou bem a mão” ao legalizar os jogos online. No entanto, a atividade passou a ser legitima após a legalização, na visão dele. “O que temos de fazer é fortalecer os nossos laços contra qualquer trilha que faça do que é legal o ilegal”, defendeu.

Ele acrescentou que os bancos precisam manter vigilância com recursos ilícitos associados a apostas e exigir que todos os agentes do setor financeiro atuem com rigor nessa frente. E lembrou que o crime organizado agora também atua em cadeias lícitas da economia brasileira.

Para o presidente da Febraban, instituições financeiras que se mostrem omissas em relação a crimes no setor bancário precisam ser sancionadas pelo Banco Central, pelo Coaf e pelo poder público como um todo. “Os bancos estão do lado dos reguladores”, frisou Isaac Sidney.

De acordo com ele, o sistema financeiro enfrenta desafios inéditos. “Teremos de ser intolerantes com todas as brechas na entrada, na permanência e na exclusão dos criminosos travestidos de clientes”, defendeu. “Precisamos elevar integridade do setor”, ressaltou.

O Coaf afirmou à CPI do INSS que o empresário Felipe Macedo Gomes, investigado pela PF por supostas fraudes nas aposentadorias, movimentou R$ 240 milhões nos últimos três anos. O órgão destacou transferências incompatíveis com o patrimônio e indícios de ocultação da origem do dinheiro.

Procurada, a defesa do empresário afirmou que “qualquer valor recebido é fruto de sua atividade profissional”. Acrescentou que Gomes se colocou à disposição das autoridades para “prestar esclarecimentos, levar documentos e informações que se fizerem necessários”.

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