Domingo, 26 de outubro de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 26 de outubro de 2025
O governo de Israel autorizou equipes da Cruz Vermelha e do Egito a entrarem na Faixa de Gaza para procurar os corpos de reféns mortos além da “linha amarela”, que demarca o recuo militar israelense na região. A informação foi divulgada neste domingo (26), por um porta-voz do governo de Benjamin Netanyahu.
Dos 28 cadáveres de sequestrados que permaneciam em poder do grupo terrorista Hamas, 15 foram devolvidos às autoridades israelenses e puderam ser velados por suas famílias. O grupo terrorista afirma ter dificuldade de recuperar os 13 restantes sob o argumento de que os corpos estão sob escombros de construções atingidas por bombardeios de Tel Aviv.
Também neste domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que Israel sozinho decidiria quais países permitiria participar de uma planejada força internacional em Gaza, dando a entender que manterá o controle sobre a segurança do território palestino.
De acordo com um cessar-fogo mediado pelos EUA entre o Hamas e Israel, uma coalizão de potências principalmente árabes e muçulmanas deve enviar tropas para o território palestino.
No entanto, Netanyahu, que se opõe a que o rival regional Turquia tenha um papel na força conjunta, disse: “Deixamos claro com relação às forças internacionais que Israel determinará quais forças são inaceitáveis para nós”.
A Corte Internacional de Justiça, ligada às Nações Unidas, afirmou na quarta-feira (22), que Israel tem a obrigação de garantir que as necessidades básicas da população civil da Faixa de Gaza sejam atendidas.
O parecer foi emitido a pedido da ONU (Organização das Nações Unidas), que solicitou ao tribunal com sede em Haia que esclarecesse as responsabilidades de Israel perante a organização e suas agências.
A corte disse que Tel Aviv não deve usar a fome como “método de guerra” e precisa colaborar com as operações de ajuda humanitária coordenadas pela ONU, incluindo a UNRWA, responsável pelo atendimento a refugiados palestinos. O escritório humanitário da ONU afirma que Israel negou ou impediu 45% das 8.000 missões humanitárias solicitadas em Gaza desde 2023. (Com informações de O Estado de S.Paulo)