Sábado, 24 de maio de 2025

Sábado, 24 de maio de 2025

Voltar Israel interrompe concessão de vistos a representantes da ONU

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, afirmou que o país vai parar de conceder vistos para representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), um dia após o atrito entre o secretário-geral António Guterres e a cúpula do governo israelense, por falas recebidas no Estado Judeu como posicionamentos pró-Hamas.

“Devido às suas observações [de Guterres], recusaremos a emissão de vistos para representantes da ONU. Já recusamos um visto ao subsecretário-geral para os assuntos humanitários, Martin Griffiths. Chegou a hora de lhes ensinar uma lição”, disse Erdan, em uma entrevista à rádio do Exército.

A crise entre Israel e Guterres atingiu um ápice na última terça-feira, quando o secretário-geral afirmou que o ataque terrorista do Hamas, em 7 de outubro, não veio “do vácuo” e que o povo palestino estava exposto a “56 anos de ocupação sufocante”. Ocupação é o termo que parte dos Estados árabes e apoiadores da causa palestina utilizam para se referir a Israel, ao defender que o país não teria direito de existir, ao menos naquela região.

A fala provocou uma forte reação do governo israelense, que chegou a pedir a renúncia de Guterres.

Disputa de narrativas

Ainda falando sobre o secretário-geral da ONU, Erdan disse que “não foi por acaso” que ele não visitou Israel desde o início da guerra, e que as agências da organização criaram “uma imagem falsa” da situação em solo, endossando narrativas do Hamas. Ele defendeu que os próximos passos adotados pelo governo devem ser expulsar “funcionários hostis da ONU”.

Após os comentários de Guterres, na terça, o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Eli Cohen, rejeitou fortemente a ideia de um cessar-fogo e cancelou uma reunião à tarde com Guterres.

“Não existem dois lados neste momento”, disse Cohen aos repórteres, “há apenas um lado para apoiar”.

Por sua vez, Guterres afirmou, nessa quarta-feira, estar “chocado” com o que chamou de distorções da sua fala no Conselho.

“Estou chocado com as distorções de algumas declarações que fiz ontem [quarta] no Conselho de Segurança, como se eu estivesse justificando os atos terroristas do Hamas” — afirmou Guterres aos repórteres.

Ajuda humanitária

Pouco depois da reação israelense ao ataque terrorista do Hamas, autoridades da ONU e de agências com atuação específica em Gaza começaram a denunciar possíveis crimes de guerra contra a população civil palestina, incluindo o cerco total de Israel ao território, impedindo a entrada de ajuda humanitária. Em diversos momentos, o governo israelense acusou o Hamas, que administra a região, de se apoderar dos insumos, para justificar a proibição.

Embora tenha cedido à pressão internacional e permitido a entrada de alguns caminhões com insumos básicos, o governo israelense ainda é resistente à ideia de criação de um corredor contínuo para fins humanitários.

A disputa de narrativas chegou a um momento crítico nesta quarta-feira, quando a Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNWRA) afirmou que toda a ajuda humanitária no enclave precisaria ser interrompida nas próximas horas, caso não fossem autorizados novos envios de combustível para a região (a maior parte da energia elétrica em Gaza é garantida por geradores a diesel).

O apelo, contudo, não provocou nenhum sinal de alívio do lado israelense. Na manhã desta quarta, as Forças Armadas do país publicaram imagens aéreas do que parecem ser tanques de combustível em Gaza. Segundo os militares, o Hamas estaria em posse deles.

“Civis e hospitais em Gaza precisam de combustível para produzir eletricidade. O Hamas tem esse combustível”, escreveram os militares.

Voltar Israel interrompe concessão de vistos a representantes da ONU

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, afirmou que o país vai parar de conceder vistos para representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), um dia após o atrito entre o secretário-geral António Guterres e a cúpula do governo israelense, por falas recebidas no Estado Judeu como posicionamentos pró-Hamas.

“Devido às suas observações [de Guterres], recusaremos a emissão de vistos para representantes da ONU. Já recusamos um visto ao subsecretário-geral para os assuntos humanitários, Martin Griffiths. Chegou a hora de lhes ensinar uma lição”, disse Erdan, em uma entrevista à rádio do Exército.

A crise entre Israel e Guterres atingiu um ápice na última terça-feira, quando o secretário-geral afirmou que o ataque terrorista do Hamas, em 7 de outubro, não veio “do vácuo” e que o povo palestino estava exposto a “56 anos de ocupação sufocante”. Ocupação é o termo que parte dos Estados árabes e apoiadores da causa palestina utilizam para se referir a Israel, ao defender que o país não teria direito de existir, ao menos naquela região.

A fala provocou uma forte reação do governo israelense, que chegou a pedir a renúncia de Guterres.

Disputa de narrativas

Ainda falando sobre o secretário-geral da ONU, Erdan disse que “não foi por acaso” que ele não visitou Israel desde o início da guerra, e que as agências da organização criaram “uma imagem falsa” da situação em solo, endossando narrativas do Hamas. Ele defendeu que os próximos passos adotados pelo governo devem ser expulsar “funcionários hostis da ONU”.

Após os comentários de Guterres, na terça, o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Eli Cohen, rejeitou fortemente a ideia de um cessar-fogo e cancelou uma reunião à tarde com Guterres.

“Não existem dois lados neste momento”, disse Cohen aos repórteres, “há apenas um lado para apoiar”.

Por sua vez, Guterres afirmou, nessa quarta-feira, estar “chocado” com o que chamou de distorções da sua fala no Conselho.

“Estou chocado com as distorções de algumas declarações que fiz ontem [quarta] no Conselho de Segurança, como se eu estivesse justificando os atos terroristas do Hamas” — afirmou Guterres aos repórteres.

Ajuda humanitária

Pouco depois da reação israelense ao ataque terrorista do Hamas, autoridades da ONU e de agências com atuação específica em Gaza começaram a denunciar possíveis crimes de guerra contra a população civil palestina, incluindo o cerco total de Israel ao território, impedindo a entrada de ajuda humanitária. Em diversos momentos, o governo israelense acusou o Hamas, que administra a região, de se apoderar dos insumos, para justificar a proibição.

Embora tenha cedido à pressão internacional e permitido a entrada de alguns caminhões com insumos básicos, o governo israelense ainda é resistente à ideia de criação de um corredor contínuo para fins humanitários.

A disputa de narrativas chegou a um momento crítico nesta quarta-feira, quando a Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNWRA) afirmou que toda a ajuda humanitária no enclave precisaria ser interrompida nas próximas horas, caso não fossem autorizados novos envios de combustível para a região (a maior parte da energia elétrica em Gaza é garantida por geradores a diesel).

O apelo, contudo, não provocou nenhum sinal de alívio do lado israelense. Na manhã desta quarta, as Forças Armadas do país publicaram imagens aéreas do que parecem ser tanques de combustível em Gaza. Segundo os militares, o Hamas estaria em posse deles.

“Civis e hospitais em Gaza precisam de combustível para produzir eletricidade. O Hamas tem esse combustível”, escreveram os militares.

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