Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 26 de março de 2022
Um adolescente de 16 anos é suspeito de comandar o ataque hacker à Microsoft e à Nvidia, segundo indicam as investigações feitas por especialistas em segurança cibernética que investigam uma série de ataques contra empresas de tecnologia.
Quatro especialistas que rastreavam as atividades do grupo de hackers Lapsus$, em nome de empresas que foram atacadas, disseram acreditar que o adolescente é o mentor do grupo. O jovem mora na casa da mãe perto de Oxford, na Inglaterra.
Na quarta-feira, a Microsoft confirmou que o Lapsus$ obteve “acesso limitado” aos seus sistemas, após este ter anunciado que obteve o código-fonte do mecanismo de busca Bing e do assistente de voz Cortana.
O Lapsus$ confundiu os especialistas em segurança cibernética, pois embarcou em uma onda de ataques de alto perfil. A motivação por trás das ações ainda não está clara, mas alguns especialistas dizem acreditar que o grupo é motivado por dinheiro e notoriedade.
O adolescente é suspeito de estar por trás de alguns dos principais ciberataques realizados por Lapsus$, mas os especialistas não conseguiram vinculá-lo conclusivamente a todos os ataques reinvidicados pelo Lapsus$.
O jovem é tão habilidoso em hackear – e tão rápido – que os investigadores inicialmente pensaram que a atividade que estavam observando era automatizada, disse outra pessoa envolvida na pesquisa.
Os especialistas cibernéticos usaram evidências forenses dos ataques, bem como informações publicamente disponíveis para vincular o adolescente ao grupo de hackers.
A Bloomberg News não está revelando o nome do suposto hacker, que atende pelo pseudônimo on-line de “White” e de “breachbase”, por ele ser menor de idade e não ter sido acusado publicamente pela polícia de qualquer irregularidade.
Segundo os investigadores, um adolescente residente no Brasil é suspeito de ser outro integrante do Lapsus$. Uma pessoa que investiga o grupo disse que os especialistas de segurança identificaram sete contas únicas associadas ao grupo de hackers, indicando que provavelmente há outros envolvidos nas operações.
Proteção das redes sociais
Pessoas normais também podem sofrer com ataques. Como proteger suas redes sociais de um ataque hacker? Boa parte das redes sociais hoje em dia já utiliza a verificação de duas etapas – conhecida também como verificação de dois fatores –, que utiliza algum meio já determinado pelo usuário de se certificar de que é você mesmo quem está realizando aquele tipo de operação. Essa é uma etapa muito importante para não cair em um ataque hacker. Então não esqueça de ativar no WhatsApp, Instagram, Twitter, Facebook e todas as outras plataformas que você utiliza para se entreter.
Esteja atento também a mensagens estranhas recebidas via SMS, e-mail ou WhatsApp solicitando alguma leitura de QR Code. Isso pode tanto ser só um golpe financeiro, quanto um combo de ataque hacker e prejuízo bancário. Com a popularização do PIX, esse tipo de ato se tornou muito popular, então fique de olho.
Por fim, mantenha seus dados protegidos. Nada de sair divulgando seu CPF pedindo Pix ou informando esse dado sigiloso para sites suspeitos. Eles podem ser complementares em caso de um ataque hacker e utilizado por uma pessoa má intencionada querendo confirmar seus dados.
E caso seja alvo de um ataque desse tipo, não se esqueça de denunciar em uma delegacia de crimes cibernéticos. Tudo que acontece na internet pode ser rastreado, ou seja, não há como sair impune na ocorrência de um crime.
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