Terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Voltar Inflação dos Estados Unidos desacelera para 8,2% em 12 meses

A inflação dos Estados Unidos foi de 8,2% em setembro na comparação anual, desacelerando em relação ao ganho de 8,3% de agosto, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (13), pelo Departamento do Trabalho.

As principais contribuições positivas para o aumento nos preços em setembro vieram dos grupos de alimentação, acomodação e cuidados médicos. Em contrapartida, uma queda de 4,9% no preço da gasolina segurou a inflação de uma alta mais acentuada no mês.

“O índice de alimentação continuou a subir, aumentando 0,8% no mês, com a alimentação no domicílio registrando alta de 0,7%. O índice de energia caiu 2,1%, com a queda da gasolina, mas os preços de gás natural e eletricidade aumentaram”, informou o Departamento do Trabalho.

Inflação ao produtor

Na última quarta (12), o Departamento divulgou os dados de inflação ao produtor, medida pelo índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês). Em setembro, o indicador econômico avançou 0,4%, enquanto o mercado esperava uma alta menos acentuada, de 0,2%.

No acumulado em 12 meses, a inflação ao produtor americana acumula alta de 8,5%.

Juros

Também na quarta, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulgou a ata da última reunião de seu comitê de política monetária, que aconteceu entre os dias 20 e 21 de setembro e elevou as taxas de juros americanas em 0,75 ponto percentual, a um patamar entre 3% e 3,25% ao ano.

No documento, o colegiado manteve o tom mais duro em relação à política monetária no país, indicando que novos aumentos nos juros devem acontecer. As novas projeções do Fed apontam para taxas entre 4,25% e 4,50% até o final deste ano, podendo chegar até 4,75% em 2023.

Segundo a ata, a decisão de manter os juros em patamar elevado ainda por algum tempo, com o objetivo de frear o avanço da inflação nos EUA, foi consenso entre os participantes do comitê. No entanto, o documento já sinaliza que o colegiado considera que é importante “calibrar o ritmo” do aperto monetário.

O presidente americano, Joe Biden, afirmou que o resultado, que ficou acima das expectativas, mostra algum progresso na luta contra preços altos, mesmo que isso signifique “mais trabalho a fazer”.

Biden destacou, em comunicado oficial, que o plano econômico de sua autoria colocou os EUA em uma posição mais forte que outras grandes economias para enfrentar esse “desafio”. Segundo o chefe do Executivo, a Lei de Redução da Inflação deverá reduzir os custos de energia das famílias nos próximos meses, como também bloquear os valores mensais de assistência médica para 13 milhões de pessoas.

Comparação mensal

Na comparação mensal, a inflação foi de 0,4% em setembro ante agosto. O resultado ficou acima da mediana de analistas de alta de 0,2% no mês passado.

Apenas o núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, avançou 0,6% na comparação mensal de setembro. Neste caso, o consenso do mercado era de acréscimo de 0,4%.

O núcleo do CPI teve alta anual de 6,6% em setembro, ganhando força ante o avanço de 6,3% de agosto e ultrapassando a projeção de analistas, de aumento de 6,5%.

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