Sexta-feira, 29 de março de 2024

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Voltar Impacto da inflação brasileira em abril segue maior para os mais pobres

Um estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) nesta segunda-feira (16) mostra que, em abril, quando analisada por faixa de renda, o impacto da alta da inflação segue maior para a população de renda mais baixa, embora o fenômeno tenha sido detectado em todos os grupos analisados.

No segmento de renda alta, maior que R$ 17.260,14 por domicílio, a inflação foi de 1%, segundo o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda. Na outra ponta, para a renda muito baixa, menor que R$ 1.726,01, a variação foi de 1,06%.

Ao longo dos quatro primeiros meses de 2022, o segmento de renda muito alta percebe uma inflação de 3,7%, contra 4,5% de renda muito baixa. No acumulado de 12 meses, o primeiro grupo lida com taxas de 10,8%, contra 12,7% do segundo.

O Ipea, órgão federal vinculado à estrutura do Ministério da Economia, trabalha com seis faixas de renda. Nas três mais baixas, a maior contribuição à inflação do período veio do grupo de alimentos e bebidas. Já para as outras três, o principal impacto foi sentido nos transportes.

Nos alimentos, os principais pontos de pressão na alimentação domiciliar foram batata (18,3%), leite (10,3%), óleo de soja (8,2%) feijão (7,1%) e pão francês (4,5%). O grupo de bebidas e alimentos respondeu por 61% de toda a inflação apurada no segmento em abril.

Para a faixa de renda mais alta, esse papel coube ao transporte, que proporcionou 60% da alta do período. Inflação concentrada em passagens aéreas (9,5%), etanol (8,4%), diesel (4,5%), transporte por aplicativo (4,1%) e gasolina (2,5%).

O Ipea destaca ainda que a alta inflacionária foi atenuada para todas as faixas e renda graças à redução de 6,3% nas tarifas de energia elétrica. “Este alívio foi mais intenso para as famílias de renda mais baixa, dado o elevado peso deste item nas suas cestas de consumo”, diz o trabalho.

Os dados dos últimos 12 meses, para a renda mais baixa, são impulsionados principalmente pelos alimentos in-natura: cenoura (alta de 178,1%), tomate (103,3%) e batata (63,4%).

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