Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Voltar Hamilton fecha temporada sem vitórias pela primeira vez na Fórmula 1

Piloto com mais vitórias da história da Fórmula 1, Lewis Hamilton, da Mercedes, completou uma marca negativa em 2022. O inglês heptacampeão passou uma temporada inteira sem vencer na carreira após abandonar o GP de Abu Dhabi nas voltas finais com um problema mecânico.

Hamilton tem 103 vitórias na carreira, e tinha vencido ao menos uma corrida em todas as temporadas que disputou na Fórmula 1. A primeira delas veio no GP do Canadá de 2007. Em uma temporada complicada com o W13, Lewis também não anotou poles pela primeira vez na carreira, e teve como melhores resultados os segundos lugares na França, Hungria, Estados Unidos, México e São Paulo.

Além de ficar sem vencer, Hamilton também foi batido pelo companheiro de equipe George Russell, que terminou com 275 pontos, contra 240 de Lewis. O heptacampeão só tinha sido derrotado em pontos por um parceiro de garagem em 2011, por Jenson Button na McLaren, e em 2016, quando perdeu o título para Nico Rosberg.

A temporada 2022 foi finalizada com cinco vencedores diferentes: Max Verstappen, Charles Leclerc, Sergio Pérez, Carlos Sainz e George Russell. É o mesmo número de 2017, 2018, 2019 e 2020, mas um a menos em comparação com 2021.

Pior temporada

Para alívio de Lewis Hamilton, que não fez questão de esconder seu desagrado pelo carro da Mercedes desta temporada (W13), o campeonato atual da F1 acabou. O desfecho foi não foi bom: uma quebra o tirou do GP de Abu Dhabi neste domingo, após batida na largada com Carlos Sainz. Mas apesar de ter terminado a atual temporada sem vitórias pela primeira vez em 15 anos de carreira, o heptacampeão escolheu 2011 como seu pior ano, à frente de 2022.

“Foi provavelmente 2011. Esse (2022) não foi meu melhor ano, jogo no top 3 das minhas piores temporadas. Mas ainda assim, foi um ano muito mais forte em relação ao trabalho em equipe, para mim. Houve algumas coisas positivas também”, avaliou o britânico.

Hamilton terminou 2011 apenas em quinto lugar, bem distante da vice-liderança de seu então colega de equipe na McLaren, Jenson Button – protagonista da briga pelo título contra Sebastian Vettel. No ano do bicampeonato do alemão que se despediu da F1 neste domingo, o hoje veterano da Mercedes viveu polêmicas dentro e fora das pistas, com direito a mais de cinco incidentes com Felipe Massa.

O heptacampeão não falou sobre o segundo ano difícil que encarou na F1, mas 2009 também foi marcado por adversidades enfrentadas por ele a bordo do MP4-24. Lewis chegou a lembrar do bólido em meados de 2022, elencando-o como o pior monoposto que já guiou na vida.

Mesmo assim, 2009 e 2011 não passaram em branco no quesito “vitórias”; no primeiro, Hamilton triunfou no GP de Singapura e, na segunda temporada em questão, venceu três vezes na China, Alemanha e Abu Dhabi.

O W13 deu trabalho para a Mercedes desde o começo da temporada com o efeito porpoising, quiques do carro gerados pela volta do “efeito solo” na F1. Quando o time conseguiu descobrir a solução para o problema, já estava atrasada nas atualizações para o carro, inconsistente por natureza.

Seu colega de equipe, George Russell, conquistou uma inesperada vitória no GP de São Paulo. Mas Hamilton, que ainda comprometeu a metade inicial de sua temporada para testar melhorias para o time, ficou zerado – e fechou o ano em sexto lugar no Mundial.

“Eu dei tudo de mim, mas o resultado final resume como foi toda a temporada adequadamente. Estou feliz que acabou. Claro que teria sido bom conseguir vencer, mas não seria suficiente, não é? Agora não estou ansioso pela próxima temporada ou nada do tipo, mas para estar com minha família e voltar a vê-los. Relaxar, me manter saudável, positivo…”, desabafou.

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