Terça-feira, 15 de outubro de 2024

Terça-feira, 15 de outubro de 2024

Voltar Guerra no Oriente Médio: após acordo, Hamas vai começar a libertar 50 reféns nesta sexta

Os reféns que o grupo palestino Hamas deverá libertar pelo acordo com Israel só devem começar a ser soltos nesta sexta-feira (24). A informação foi dada pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nesta quarta-feira (22). A Casa Branca avaliou esperar que 50 reféns fossem libertados até esta quinta (23). Nenhuma razão foi informada para o “adiamento”.

“As negociações para a libertação dos nossos reféns estão avançando e em andamento. O início do processo de libertação ocorrerá segundo o acordo original entre ambos os lados, e não antes de sexta-feira”, afirmou o conselho em comunicado.

Conforme o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, o acordo prevê que a Cruz Vermelha possa visitar os reféns do Hamas e fornecer medicamentos.

“Seja claro: a guerra continuará até a destruição do Hamas, garantindo a segurança de nossos cidadãos tanto no sul quanto no norte”, garantiu o premiê após o acordo.

Segundo ele, que agradeceu o presidente dos Estados Unidos Joe Biden por sua “ajuda decisiva”, o entendimento é resultado tanto da pressão militar “incessante” sobre o Hamas quanto da diplomática, que “levaram às condições para o acordo”.

“Foi uma negociação difícil, mas nem sempre, como fizemos no passado, é possível liberar reféns apenas com operações militares”, afirmou.

O governo norte-americano anunciou que acompanhará o cumprimento do acordo feito entre Israel e o grupo palestino, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby.

“Ninguém está fazendo danças de comemoração aqui. Agora é a hora de todos observarem bem de perto. Porque isso vai se resumir agora à implementação e execução [do acordo]”, ponderou Kirby.

Pausa humanitária

Israel e Hamas concordaram com uma pausa humanitária de quatro dias para permitir a libertação de pelo menos 50 reféns, incluindo mulheres e crianças, sequestrados e levados para a Faixa de Gaza no dia 7 de outubro, data em que o grupo palestino Hamas atacou Israel.

A resolução também envolve a libertação de 150 palestinos detidos em prisões israelenses. A grande maioria dos prisioneiros listados como elegíveis para libertação são adolescentes do sexo masculino com idades entre os 16 e os 18 anos. Essas pessoas são crianças, segundo a definição das Nações Unidas. Alguns dos listados têm 14 anos, e pelo menos 33 são mulheres que também podem ser soltas.

O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, que representa os familiares das pessoas detidas pelo Hamas, celebrou o acordo para libertar alguns dos capturados.

“Damos as boas-vindas a todos os reféns que voltam para casa, mas a nossa exigência permanece inalterada: a libertação imediata de todos os 236 reféns. Garantir a libertação segura de todos os reféns é uma prioridade nacional. Não haverá vitória até que todos os reféns voltem para casa”, destacou a organização em comunicado.

O grupo também exigiu que os termos do acordo garantam a segurança e o bem-estar dos demais reféns, incluindo visitas da Cruz Vermelha.

“Pedimos aos líderes os maiores esforços para cumprirem ‘a sua carga moral’, com a vida das pessoas em jogo. Estamos gratos pelo apoio do presidente [dos EUA] Joe Biden a este acordo e pelo seu apelo inabalável à libertação de todos os reféns”, informou o comunicado.

 

Voltar

Compartilhe esta notícia:

Deixe seu comentário

No Ar: Show da Tarde