Segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 5 de novembro de 2023
A mudança da meta fiscal de 2024 é dada como certa no Palácio do Planalto, mas a estratégia sobre como esse roteiro será seguido divide o governo.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, prefere que um parlamentar envie emenda ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para alterar a previsão de déficit zero apresentada pelo Executivo.
Na outra ponta, o titular da Casa Civil, Rui Costa, acha que o próprio governo deve encaminhar o quanto antes uma mensagem modificativa da LDO ao Congresso. Até agora, a tendência é que a meta fiscal seja alterada para um déficit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), por meio de emenda parlamentar, até o próximo dia 16.
Desde agosto circulam no Planalto, com patrocínio de Costa, apelos para mudar a meta fiscal, jogando no fogo nada amigo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A queda de braço entre eles envolve não só a meta, mas a sucessão de Lula.
“A discussão sobre a meta fiscal cria um ruído desnecessário. Fica parecendo que o governo quer gastar mais, e não é verdade. As despesas estão limitadas pelo arcabouço fiscal. Temos de virar essa narrativa”, disse à Coluna o ministro dos Transportes, Renan Filho.
Na reunião ministerial sobre infraestrutura, ontem, o presidente Lula pediu aos auxiliares que ampliem o diálogo com o Congresso para que parlamentares direcionem emendas a obras tocadas pelo governo. A lista é grande. A ideia consiste em criar vitrines para a gestão Lula 3 que possam ser usadas nas eleições de 2024 e 2026.
Encontro
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve, no sábado (4), no Palácio da Alvorada para um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os dois debateram a questão da meta zero do primário de 2024. Haddad chegou ao Alvorada cerca de 15 minutos depois que o presidente deixou o Planalto. Os dois já haviam se reuniram no dia anterior, em um encontro ministerial voltado para questões da infraestrutura e do qual a meta fez parte.
Haddad ainda tenta convencer o chefe do Executivo a não abrir mão da meta no ano que vem, mas, como argumentou Lula, enquanto o Tesouro Nacional quer dinheiro no caixa, o Planalto quer aplicá-lo em obras. O presidente defendeu que os recursos fossem totalmente utilizados ao máximo e pediu que seus ministros de infraestrutura fossem bons gastadores.
O mandatário já avisou que, se em 2023 fez várias viagens internacionais para melhorar a imagem do Brasil no exterior, em 2024 pretende fazer vários deslocamentos internos para inaugurar obras. No ano que vem, o País receberá uma série de chefes de Estado e de governo, ministros e outras autoridades nas cinco regiões e Lula quer que saiam do Brasil com uma boa imagem.
No Ar: Show da Tarde