Sexta-feira, 09 de maio de 2025

Sexta-feira, 09 de maio de 2025

Voltar Governo alerta para golpes que prometem “agilizar devolução” de descontos irregulares no INSS

O Ministério da Previdência Social alertou que golpistas passaram a abordar aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para prometer suposta “devolução acelerada” dos descontos irregulares nos pagamentos.

O governo alerta: aposentados e pensionistas não devem clicar em nenhum link enviado por e-mail, aplicativo de mensagens ou qualquer outro meio.

Os valores descontados nas folhas de abril ficarão retidos e serão devolvidos automaticamente na folha de maio (de 26 de maio a 6 de junho). Não é preciso fazer nada.

Já os valores descontados irregularmente nas folhas anteriores a abril/2025 ainda serão apurados. Não há data prevista para a devolução, e não há como “antecipar” nada.

O ministério diz ter recebido denúncia de segurados que estavam sendo abordados por golpistas. Essa promessa de “acelerar o ressarcimento” é fraudulenta.

Ao menos 11 entidades associativas são suspeitas de realizar descontos em benefícios de aposentados e pensionistas, sem autorização. Os desvios ocorreram entre 2019 e 2024.

Conforme a Polícia Federal, o esquema consistia em descontar valores irregulares de beneficiários, sem qualquer autorização, como se eles tivessem se tornado membros de associações e sindicatos de aposentados. Segundo as investigações, essas entidades ofereciam serviços como desconto em academias e planos de saúde, mas não tinham estrutura para tal. Dessa forma, cobravam mensalidades irregulares, descontadas dos benefícios de aposentados e pensionistas. Os desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e podem chegar a R$ 6,3 bilhões.

Na quinta-feira (24), o governo federal anunciou a suspensão de todos os descontos mensais feitos por associações e sindicatos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas, além do ressarcimento integral dos valores irregulares. O INSS vai elaborar um plano para a devolução.

As apreensões ocorreram em diferentes estados, entre eles São Paulo, Paraná e Ceará. Os mandados de busca, apreensão e de prisão foram realizados em 13 estados e no Distrito Federal.

Durante a operação, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado e, em seguida, demitido do cargo.

Além dele, outros cinco servidores públicos foram alvo de medidas judiciais e outras seis pessoas foram presas até a última atualização desta reportagem.

Voltar

Compartilhe esta notícia:

Deixe seu comentário

No Ar: Clube do Ouvinte