Sexta-feira, 10 de outubro de 2025

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Voltar Fraude em concursos públicos: quem é quem no esquema investigado pela Polícia Federal

Uma operação da Polícia Federal (PF) desmantelou um esquema de fraudes em concursos públicos que funcionava como um negócio familiar. No centro da investigação está a família Limeira, do município de Patos, na Paraíba, com pouco mais de 100 mil habitantes, que teve ao menos três integrantes aprovados no Concurso Nacional Unificado (CNU) e agora é suspeita de integrar uma quadrilha que vendia aprovações por até R$ 500 mil.

O grupo era chefiado por Wanderlan Limeira de Sousa, ex-policial militar expulso da corporação, apontado como o articulador das fraudes.

De acordo com a PF, ele comandava a logística das provas, distribuía gabaritos e até se inscrevia em concursos para demonstrar a “eficiência” do método. Wanderlan chegou a ser aprovado para auditor fiscal do trabalho, o cargo mais disputado do CNU.

A família Limeira montou uma estrutura criminosa organizada, em que cada integrante tinha uma função específica: enquanto Wanderlan negociava vagas e comandava o esquema, os irmãos e o filho cuidavam da parte técnica das fraudes, repassando gabaritos e orientações aos candidatos. Já as mulheres da família atuavam na ocultação de dinheiro e na “vitrine” do negócio, exibindo aprovações para atrair novos interessados. Veja quem é quem no esquema:

– Wanderlan Limeira de Sousa: ex-policial militar e líder do esquema;
– Valmir Limeira de Souza: irmão de Wanderlan, também aprovado no CNU;
– Antônio Limeira das Neves: irmão de Wanderlan e Valmir, articulava pagamentos e orientava a filha durante a prova;
– Geórgia de Oliveira Neves: esposa de Antônio e mãe de Larissa, suspeita de ocultar dinheiro vivo;
– Larissa de Oliveira Neves: filha de Antônio e Geórgia, sobrinha de Wanderlan e Valmir; usada como “vitrine” para atrair novos interessados;
– Wanderson Gabriel de Brito Limeira: filho de Wanderlan, responsável pela parte técnica das fraudes e interlocutor do pai nas interceptações.

A Polícia Federal afirma que o grupo usava dublês, pontos eletrônicos implantados e até médicos cúmplices. As provas da família apresentaram gabaritos idênticos, coincidência cuja probabilidade equivale a ganhar a Mega-Sena quase vinte vezes seguidas.

Outros envolvidos incluem um PM, dono de clínica suspeita de lavagem de dinheiro, e um especialista em fraudes com histórico de participação em mais de 67 concursos.

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