Sexta-feira, 13 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 27 de julho de 2022
Filiado ao PL, o presidente Jair Bolsonaro disse que tem vontade de voltar para o PP, que oficializou nesta quarta-feira (27), o apoio a sua candidatura à reeleição. O chefe do Executivo se elegeu em 2018 pelo antigo PSL, hoje União Brasil, mas rompeu com o partido durante seu mandato e decidiu, em novembro do ano passado, ingressar na legenda comandada pelo ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, preso no escândalo do Mensalão.
“Tenho duas notícias inéditas: primeiro para o presidente da Câmara, Arthur Lira: sou o deputado 514 nessa Casa. Outra para o Ciro Nogueira: nesse clima, nesse ambiente – ainda bem que Valdemar não está aqui –, mas que dá vontade de voltar, dá”, declarou Bolsonaro, em seu discurso na convenção, que ocorreu no auditório Nereu Ramos, na Câmara.
“É com muito orgulho que estou aqui nessa Casa, mas o ambiente é daqueles do Partido Progressista, ao qual integrei por mais de 20 anos. Nós somos irmãos e como é bom voltar aqui, ver algumas caras que não são novas, mas são bastante familiares, e nos faz encher de orgulho de trazer boas recordações”, emendou o presidente.
Bolsonaro disse que o Executivo e o Legislativo trabalham em “perfeita harmonia” e afirmou que espera muitas realizações no ano que vem, caso Lira seja reeleito presidente da Câmara. “Maioria do parlamento está afinada com Executivo, e todos ganham com isso”, declarou. “Os Poderes têm que se respeitar para o bem de todos.”
O presidente disse, ainda, que a política externa é “excepcional” e que o Brasil tem negócios com o mundo todo. Também afirmou, de forma irônica, que o País está na contramão, com inflação baixa e PIB em alta. “Os números sempre refletem a verdade, exceto as pesquisas”, criticou.
O chefe do Executivo também elogiou o discurso da primeira-dama Michelle na convenção do PL, no último domingo (24), que lançou sua candidatura à reeleição. Para Bolsonaro, ela falou “muito melhor”.
Carta
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta, que não precisa escrever uma “cartinha” para falar que defende a democracia brasileira.
A declaração do chefe do Executivo federal foi feita durante convenção partidária do Progressistas, na Câmara dos Deputados, e ocorre um dia após ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), empresários, banqueiros e artistas assinarem carta em defesa da democracia e do processo eleitoral.
“Vivemos em um país democrático, defendemos a democracia. Não precisamos de nenhuma cartinha para falar que defendemos a democracia, e que queremos, cada vez mais, nós, cumprir e respeitar a Constituição”, discursou Bolsonaro.
“Não precisamos, então, de apoio ou sinalização de quem quer que seja para mostrar que o nosso caminho é a democracia, é a liberdade, é o respeito à Constituição”, afirmou.
A divulgação de uma Carta em Defesa da Democracia se tornou um dos principais fatos políticos da semana no Brasil por representar ampla união de ideologias políticas distantes uma das outras em quase tudo, mas consensuadas em apoio ao sistema eleitoral brasileiro.
Formulado por professores da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o documento recebeu o apoio de políticos de esquerda e de direita, de economistas ortodoxos e heterodoxos; de advogados lavajatistas e garantistas e até mesmo de personagens que já estiveram ligados ao governo de Jair Bolsonaro.
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