Sábado, 14 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 21 de setembro de 2023
Conselheiros da Food and Drug Administration (FDA), órgão sanitário dos Estados Unidos, votaram unanimemente contra a eficácia da fenilefrina -especificamente na sua forma oral. O componente é encontrado em muitos medicamentos populares para resfriado e alergia nos EUA e no Brasil – sendo administrada no formato de comprimidos.
Segundo os especialistas, as formulações orais da substância – os comprimidos – não funcionam em doses padrão ou mesmo em doses mais elevadas, isso porque a quantidade que chega ao nariz é muito pequena para aliviar a congestão.
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade da Flórida solicitou que a agência removesse os produtos de fenilefrina do mercado com base em uma análise que mostrou que os comprimidos não conseguiram superar as pílulas placebo em pacientes com resfriado e congestão alérgica.
De acordo com a rede televisiva CNBC, dos EUA, a FDA normalmente segue as recomendações dos seus conselheiros, mas não é obrigada a fazê-lo. Nesse caso, é esperado que a agência inicie um processo que elimine a substância do processo de fabricação dos medicamentos, assim, a saída dos remédios nas prateleiras seria uma consequência.
“A comunidade de pacientes exige e merece medicamentos que tratem os seus sintomas de forma segura e eficaz e não acredito que este medicamento faça isso”, disse Jennifer Schwartzott, membro do painel da FDA.
Só nos Estados Unidos, os medicamentos com fenilefrina geraram vendas de US$ 1,8 bilhão (aproximadamente R$ 8,9 bilhões) no ano passado, conforme dados apresentados pela equipe da FDA.
Brasil
Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (Acessa) disse em nota que está acompanhando a revisão da fenilefrina oral pela FDA e que reforça a segurança dos medicamentos sem prescrição contendo a substância no Brasil.
Disse ainda que continuará monitorando a situação e colaborando com a Anvisa, aguardando mais informações da FDA para orientar os consumidores sobre o uso seguro e eficaz dos produtos.
“Como ainda não há uma decisão sobre o tema, à medida que mais informações forem disponibilizadas pela FDA e outras agências reguladoras, estaremos preparados para avaliar de forma proativa e apropriada, fornecendo orientações claras e precisas aos consumidores”, acrescentou.
No Ar: Caiçara Confidencial