Terça-feira, 20 de maio de 2025

Terça-feira, 20 de maio de 2025

Voltar Ex-ministro pede doações via Pix para ajudar Bolsonaro em despesas médicas e advogados

O ex-ministro do Turismo e Cultura, Gilson Machado Neto (PL), que atuou durante a gestão do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, publicou em suas redes sociais dois vídeos afirmando que Bolsonaro já havia gastado metade de 17 milhões de reais arrecadados em vaquinha.

“Eu quero dizer que o presidente recebeu na outra campanha 17 milhões de reais, mas já gastou em um ano, 8 milhões, já começou a desidratar, é por isso a nossa preocupação, a gente vai deixar o presidente desidratar?”

Machado alega que o dinheiro doado por apoiadores do ex-presidente tem o objetivo de cobrir compras de passagens, despesas hospitalares e jurídicas, como o pagamento de advogados.

De acordo com o ex-ministro, os gastos também estão direcionados ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que pediu licença da Câmara para morar nos Estados Unidos (EUA) após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre seu passaporte, em março deste ano.

“Aumentou a despesa dele [Bolsonaro], principalmente porque ele está tendo Eduardo Bolsonaro lá nos EUA, que ele está ajudando também, que não é barato morar nos EUA.”

Na apelação, Machado cita a fraude do INSS que repercutiu nos últimos dias e diz: “A nossa índole é pedir, e jamais colocar a mão no dinheiro dos aposentados, no dinheiro brasileiro, como a esquerda fez agora”.

Nos dois vídeos, a chave pix do ex-presidente é divulgada.

Renda de Bolsonaro

Além dos R$ 17,2 milhões arrecadados há dois anos em uma vaquinha on-line, o ex-presidente Jair Bolsonaro possui uma renda mensal que chega a cerca de R$ 100 mil. O volume contempla duas aposentadorias — R$ 46 mil da Câmara dos Deputados e R$ 11 mil do Exército (dados de 2023) —, além de um salário de R$ 41 mil na função de presidente de honra do PL.

Além da fala do ex-ministro, na semana passada, o ex-presidente já havia declarado pagar as contas do filho com o valor do PIX.

“Eu estou bancando as despesas dele agora. Se não fosse o PIX, eu não teria como bancar essa despesa, ele está sem salário e fazendo o seu trabalho de interlocução com autoridades no exterior. O que queremos é garantir a nossa democracia, não queremos um judiciário parcial. Ele resolveu ficar por lá, nós conversamos quase todos os dias, mas são diálogos reservados. Quero que ele dispute o Senado em 2026, mas precisamos que os ventos mudem. Ainda não sei se ele retorna da licença, estamos na metade do prazo de 120 dias. Eu não quero ficar longe do meu filho, um afastamento familiar”, disse o ex-presidente.

No vídeo divulgado no fim de semana, Gilson Machado também cita “despesas jurídicas”. Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de liderar uma trama golpista contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Vocês não têm noção da nossa preocupação com as despesas, centenas e diga-se de passagem de várias origens. Em apenas um ano foram gastos em torno de R$ 8 milhões”, disse o ex-ministro.

Investigado no caso da trama golpista, Bolsonaro teve na sexta-feira um pedido negado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A defesa do ex-presidente solicitou o cancelamento de uma série de audiências com testemunhas do caso da trama golpista. Bolsonaro queria o cancelamento para ampliar o prazo em que poderia analisar novas provas juntadas ao caso contra ele.

Moraes avaliou que as novas provas não representaram uma mudança em relação à acusação feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente e a posterior decisão do Supremo de torná-lo réu.

 

 

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