Quinta-feira, 16 de maio de 2024

Quinta-feira, 16 de maio de 2024

Voltar Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal pede revogação de prisão ao Supremo

A defesa do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques fez um novo pedido de revogação de prisão ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está preso desde 9 de agosto do ano passado e teve dois pedidos de liberdade negado.

O ex-diretor da PRF Silvinei Vasques é investigado no inquérito das blitze feitas pela corporação no dia do segundo turno das eleições presidenciais de 2022, em especial no Nordeste, com bloqueios em rodovias de cidades onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria vantagem contra Bolsonaro.

Na nova petição, os advogados de Vasques questionam o motivo da prisão e comparam o caso com o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

À época, a Polícia Federal (PF) argumentou, no pedido de prisão, que o objetivo de manter Vasques sem liberdade seria permitir que a “produção de elementos probatórios possa ocorrer de forma clara, precisa e eficaz, sem qualquer interferência do mesmo em sua produção, sendo mais que conveniente, de suma importância para a instrução criminal”.

“Se o argumento fosse válido, a Polícia Federal teria pedido a prisão do ex-presidente da República pelo mesmo fundamento. Isso porque se o requerente poderia influenciar no ânimo de alguma testemunha, mesmo sendo pobre e um mero servidor público aposentado, com muito mais razão poderia o ex-presidente”, dizem os defensores de Silvinei.

Os advogados também questionam a possível influência dele fora da cadeia e diz que Bolsonaro teria mais. “Nenhuma influência poderia ter o requerente, ao contrário do ex-presidente que, além de influência política, possui patrimônio considerável.”

Silvinei Vasques também usa da aposentadoria para conseguir liberdade, pois este mês o ministro Alexandre de Moraes soltou coronéis da Polícia Militar do Distrito Federal – presos pelo 8 de janeiro – com base na aposentadoria deles e que não teriam, em tese, influência sobre subordinados.

O pedido enviado ao Supremo ainda não foi respondido e não há prazo para o ministro decidir.

 

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