Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Voltar Evento muda de nome para se defender do TSE

O evento deste domingo (27), que em princípio marcaria o “lançamento” da pré-candidatura de Jair Bolsonaro à presidência da República, mudou de denominação na última hora. Advertências da área jurídica levaram à alteração para Encontro Nacional do PL e Movimento Filia Brasil. A ideia é evitar o cancelamento sob alegação de “propaganda eleitoral fora de época”, que certamente emplacaria no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O maior adversário
No governo, o TSE é sempre referido como o “principal adversário” de Bolsonaro na eleição, e não o ex-presidente e ex-corrupto Lula.

Por aclamação
Apesar da mudança de denominação, é forte a chance de lançamento da pré-candidatura, ainda que o seja oficiosa, por meio de aclamação.

Lançamento esperado
Também poderá ser confirmada, por aclamação, o ministro da Defesa, Braga Neto, como vice de Bolsonaro

General no PL
A cúpula da campanha de Bolsonaro também nutre a expectativa de filiação do Braga Neto ao PL. General da reserva, nada o impede.

Ligado a Serra, Salto deve substituir Meirelles em SP
Com a saída de Henrique Meirelles para disputar a vaga de Goiás no Senado, o favorito para assumir a Secretaria de Fazenda de São Paulo, no futuro governo Rodrigo Garcia, é Felipe Salto, da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado. Se não for indicação de José Serra, representará uma homenagem de Garcia ao tucano histórico, a quem Salto assessorou de 2015 a 2016 em assuntos econômicos e fiscais.

Afinidades
A escolha de Felipe Salto representaria também um gesto ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ex-DEM, como o futuro governador.

Credibilidade
Em 2016, Salto organizou com Mansueto Almeida o livro “Finanças públicas: da contabilidade criativa ao resgate da credibilidade”.

É do ramo
Há oito anos o economista do IFI trabalhou na consultoria Tendências, do ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega.

Miséria rende votos
Líder da bancada do holofote e coordenador da campanha de Lula, Randolfe Rodrigues chefiou a coletiva de ex-ministros do Meio Ambiente e do presidente do Senado, contra a exploração do rico subsolo de terras indígenas. Para eles, melhor mantê-los na miséria mesmo.

Sopa no mel
Ex-ministros do Meio Ambiente pediram a Rodrigo Pacheco para “segurar” a proposta de exploração do subsolo de terras indígenas. Mole. Segurar projetos é a especialidade do presidente roda-presa do Senado.

Nesse ritmo…
Segundo o Datafolha, a diferença entre Lula e Bolsonaro no primeiro turno, em dezembro de 2021, era de 26 pontos percentuais (48% a 22%). Caiu para 17 pontos (43% a 26%), segundo o levantamento de ontem.

Vai entender
A senadora Simone Tebet (MDB) teve mais “tempo de TV” devido à participação na CPI da Pandemia, mas não conseguiu ficar à frente sequer da pré-candidata do PSTU, Vera Lúcia, no último Datafolha.

Como hienas
Na “photo-op” do G7, ontem, figuras como Joe Biden, o canadense Justin Trudeau e o alemão Olaf Scholz posaram com largos sorrisos. De que riem esses senhores da guerra, enquanto civis ucranianos são mortos?

Pós-verdade
Dos “mais de 150 economistas” do manifesto contra a privatização da Eletrobras, alardeado pelo PT, 47 são professores, 14 sociólogos, quatro historiadores, dois comunicólogos, um antropólogo, arquiteto, e até físico.

O passado não nega
Lula tenta se descolar dos notórios Dilma, José Dirceu e Genoino. Jurou ontem a uma rádio mineira que o trio não faria parte de eventual novo governo. Ele só não consegue descolar da própria imagem, no espelho.

Explica
A presença de procuradores do MPT em ‘lives’ de sindicatos pode explicar a reação contra a aprovação do projeto do estatuto da OAB, que barra busca e apreensão em escritórios de advocacia, sem a OAB.

Pensando bem…
…deveria valer para todas as eleições a decisão do TSE de não punir o eleitor que não votou em 2020.

PODER SEM PUDOR
Tancredo e a pneumonia
A Câmara discutia em 1974 a cassação do deputado Francisco Pinto (MDB-BA), por suas críticas ao ditador Augusto Pinochet. Ernesto Geisel mandou o caso ao Supremo Tribunal Federal, que condenou Chico Pinto e a mesa da Câmara o cassou, num episódio vergonhoso. Tancredo Neves ouviu um deputado da Arena argumentar que não foi o AI-5, mas o STF que o cassou. Tancredo contou numa história ocorrida em sua São João Del Rey: “Morreu o vizinho de um compadre meu. Um homem bom, trabalhador, honrado. Morreu de pneumonia, coitado. De madrugada, um parente dele chegou de viagem e perguntou à viúva: ‘Ele morreu de pneumonia simples ou dupla, Mariazinha?’ ‘Simples’, respondeu ela, chorando. E ele: ‘Ah! Ainda bem!’”.

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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