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Por Redação Rádio Caiçara | 15 de novembro de 2022
Pesquisadores da Universidade de Basileia e do Hospital Universitário de Basileia, na Suíça, estudaram os mecanismos responsáveis pelos danos neurológicos causados pela covid-19. O estudo contou com 40 pacientes infectados pela doença e em diferentes graus de sintomas neurológicos. Os cientistas analisaram as estruturas cerebrais e observaram os participantes por 13 meses após a infecção para identificar sinais duradouros de danos.
A equipe de pesquisadores também comparou o líquido cefalorraquidiano (relacionado ao sistema nervoso central) e o plasma sanguíneo dos indivíduos com amostras de um grupo de controle. No grupo de participantes com sintomas neurológicos mais graves, o estudo identificou ligação com a resposta imune excessiva. Os pesquisadores também encontraram anticorpos relacionados a uma reação autoimune.
A equipe constatou que a resposta inflamatória do vírus é tão forte que se espalha para o sistema nervoso central. “Conseguimos vincular a assinatura de certas moléculas no sangue e no líquido cefalorraquidiano a uma resposta imune avassaladora no cérebro e redução do volume cerebral em certas áreas, bem como sintomas neurológicos”, diz Hutter.
Covid longa
O sofrimento psicológico – caracterizado por quadros de depressão, ansiedade, estresse e solidão – aumenta o risco para a Síndrome da Covid Longa, persistência dos sintomas da covid por ao menos três meses após a contaminação, em até 50%. A conclusão é de um estudo conduzido por pesquisadores da Escola de Saúde Pública T.H. Chan, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, publicado na revista científica JAMA Psychiatry. De acordo com os responsáveis pelo trabalho, a saúde mental fragilizada foi associada ao diagnóstico de forma mais acentuada que fatores como obesidade e hipertensão.
“Ficamos surpresos com o quanto o sofrimento psicológico antes de uma infecção de covid estava associado a um risco aumentado de Covid longa. O sofrimento foi mais fortemente associado ao desenvolvimento do quadro do que fatores de risco para a saúde física, como obesidade, asma e hipertensão”, afirma a pesquisadora do Departamento de Nutrição da Universidade de Harvard, que liderou o estudo, Siwen Wang, em comunicado.
Para chegar à conclusão, os pesquisadores analisaram dados de três estudos conduzidos entre abril de 2020 e novembro de 2021, com 54.960 participantes de em média 57 anos. A grande maioria, 96,6%, eram mulheres.
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