Sábado, 18 de janeiro de 2025

Sábado, 18 de janeiro de 2025

Voltar Estados Unidos estão quase sem dinheiro para ajudar a Ucrânia na guerra, alerta a Casa Branca

Os recursos dos Estados Unidos para a Ucrânia deverão terminar no final deste ano, se o Congresso não aprovar um financiamento adicional. O alerta foi feito pela Casa Branca, que ainda apontou as consequências devastadoras no campo de batalha se os membros do Parlamento não agirem.

“Cortar o fluxo de armas e equipamentos dos EUA irá prejudicar a Ucrânia no campo de batalha, não apenas colocando em risco os ganhos que a Ucrânia obteve, mas aumentando a probabilidade de vitórias militares russas”, disse Shalanda Young, diretora do Escritório de Administração da Casa Branca para Orçamento, em carta enviada ao presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson.

A carta é um dos apelos mais contundentes da Casa Branca para que o Congresso agilize o processo para aprovar o envio de mais recursos para Kiev e expõe as consequências da inação dos EUA. “Não existe nenhum pote mágico de financiamento disponível para enfrentar este momento. Estamos sem dinheiro – e quase sem tempo”, escreveu Young.

Sem novos recursos, os EUA não conseguirão adquirir armas e equipamentos adicionais para a Ucrânia, nem enviar equipamentos que atualmente estão no arsenal militar americano, disse Young.

As agências federais gastaram tudo ou quase tudo dos US$ 111 bilhões em financiamento suplementar aprovado pelo Congresso para apoiar a Ucrânia. Em meados de novembro, o Departamento de Defesa tinha utilizado 97% do dinheiro que recebeu para ajudar Kiev, enquanto o Departamento de Estado gastou 100% do financiamento recebido para assistência militar, segundo a carta. Outros recursos estão igualmente esgotados.

“Foi tudo para o ar”, disse o chefe de aquisições do Pentágono, Bill LaPlante, quando questionado sobre o que restava para a Ucrânia. LaPlante afirmou que já existem pedidos de mais apoio à Ucrânia, em valor quatro vezes maior do que o financiamento disponível.

Novo pacote

O presidente Joe Biden definiu em outubro uma proposta de um novo pacote de ajuda de US$ 106 bilhões para a Ucrânia, Israel e Taiwan. O pacote solicitava cerca de US$ 60 bilhões para financiar o esforço de guerra da Ucrânia e reabastecer os estoques de armas dos EUA.

O Congresso está debatendo como proceder, com os republicanos pedindo mais medidas de segurança nas fronteiras e mudanças na política de imigração em troca da aprovação do pacote de recursos adicionais. A votação dessa medida pode ocorrer nesta semana, no Senado.

Caso aprovado no Senado, os holofotes passariam então para Johnson, que publica e repetidamente chamou a ajuda à Ucrânia de prioridade para a Câmara nas últimas semanas, apesar de ter votado contra a assistência adicional a Kiev no início deste ano, antes de se tornar presidente da Câmara.

Pressão republicana

Os republicanos da Câmara têm enfrentado pressão crescente para rejeitar a ajuda à Ucrânia, à medida que os eleitores nos seus distritos eleitorais deixaram de apoiar o apoio americano. Uma pesquisa recente da AP-NORC revelou que 59% dos republicanos acreditam que os EUA estão gastando demais com a Ucrânia. O Congresso aprovou mais de US$ 100 bilhões para o país desde o início do conflito.

Em almoço a portas fechadas na semana passada, Johnson alertou os republicanos do Senado que os membros do partido na Câmara não podem aprovar um grande pacote de ajuda que junte fundos para a fronteira, a Ucrânia e Israel, uma proposta feita por Biden e defendida pelos líderes do Senado.

O presidente da Câmara disse aos senadores que deseja desmembrar o pacote e votar a ajuda à Ucrânia e os novos recursos para a fronteira em pleitos separados.

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