Sábado, 14 de dezembro de 2024

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Voltar Entenda o vírus da “doença do beijo” que Anitta revelou ter

Anitta revelou que foi diagnosticada com o vírus Epstein-Barr, conhecido como causador da “doença do beijo”, há poucos meses. Ela contou sua experiência durante o lançamento do documentário “Eu”, produzido pela atriz Ludmilla Dayer para falar de sua luta contra a esclerose múltipla – doença que, segundo ela, foi causada pelo vírus.

A cantora disse que passou “pelo momento mais difícil da [sua] vida” quando a doença foi confirmada. Segundo ela, a relação com Ludmilla foi importante para que conseguisse se tratar no começo da infecção.

O que é a doença?

A mononucleose infecciosa, também conhecida como “doença do beijo”, é causada pelo vírus Epstein-Barr através da saliva. Apesar do nome popular, não é apenas o beijo que pode transmiti-lo: objetos como escova de dente, copos ou talheres compartilhados com uma pessoa infectada também.

É muito frequente nas grandes cidades, principalmente durante o Carnaval, e costuma atingir pessoas entre 15 e 25 anos, segundo o Ministério da Saúde.

“A mononucleose infecciosa é a apresentação mais comum da infecção pelo vírus do Epstein-Barr. A maioria das pessoas pega quando ainda é criança e as manifestações são bem mais tranquilas. Quando a pessoa pega na vida adulta, os sintomas são mais pronunciados”, esclarece a infectologista Mirian Dal Ben, do Hospital Sírio-Libanês.

Seu período de transmissibilidade pode durar um ano ou mais. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), passada a infecção, o vírus se torna inativo no corpo do paciente, podendo ser reativado em alguns casos.

Quais os sintomas

Em muitos casos, a mononucleose se manifesta de forma assintomática. Por isso, as pessoas podem transmitir sem sequer saber que estão com o vírus.

Segundo o Ministério da Saúde, a doença pode causar: febre alta, dor ao engolir, tosse, dor nas articulações, inchaço no pescoço, irritação na pele, amigdalite, fadiga e inchaço do fígado.

Evolução e tratamento

A maior parte das pessoas se cura em poucas semanas. Mas há uma pequena proporção, de acordo com o Ministério, que leva meses para recuperar seus níveis de energia anteriores, com um estado de fadiga prolongado.

Não existe tratamento. Mas o uso de corticoides pode ser útil em casos graves de complicação com obstrução de vias aéreas, diminuição de plaquetas no sangue com risco de hemorragia ou anemia hemolítica (quando os anticorpos naturais do organismo destroem as hemácias (glóbulos vermelhos).

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