Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 18 de maio de 2023
A indicação de Cristiano Zanin para uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Lula (PT) ainda não saiu, mas ele já recebe tratamento VIP.
No último dia 5 de abril, um funcionário da Latam teria retirado o advogado do ex-presidente Lula do ônibus cheio que levava os passageiros até a aeronave no aeroporto de Congonhas. Zanin foi transportado em uma van com ar condicionado até o local. O advogado aceitou receber o tratamento diferenciado oferecido a ele pela companhia.
Apontado como o escolhido de Lula para ocupar a vaga de Ricardo Lewandowski, que se aposentou do STF, Zanin atuou nos processos de Lula no âmbito da Lava-Jato e ganhou a confiança do presidente. Ouvidos reservadamente pela reportagem, senadores afirmam que realmente existe um clima de apoio, no entanto, a maioria dos parlamentares afirma que o cenário real só pode ser conhecido quando a indicação se concretizar.
Os mais céticos avaliam a possibilidade de que Lula indique outro nome, embora reconheçam que o nome de Zanin levanta críticas na população e outros segmentos da sociedade e que o momento de correr riscos perante os eleitores é no começo do mandato. Outro nome cotado é do advogado Manoel Carlos Almeida Netto, ex-secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do STF nas gestões de Lewandowski.
Outros cotados
Outro nome citado é o do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas, que, segundo o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, é apoiado por políticos de peso do MDB, como o senador Renan Calheiros (AL). Em entrevista ao programa Roda Vida, da TV Cultura, na última segunda-feira (3/4), Dantas foi questionado sobre o tema e tentou desconversar, citando uma frase do ex-ministro do STF Nelson Jobim: “Cargo de ministro do Supremo não se postula nem se recusa”.
Correndo mais por fora ainda, é citado o nome do ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) . Lula, porém, já disse que não gostaria de “promover” um magistrado do STJ sob o risco de descontentar todos os outros ministros dessa Corte.
Fica na mesa, por fim, a possibilidade da indicação de um nome completamente fora do radar, como aconteceu quando o ex-presidente Jair Bolsonaro indicou o então ministro do STJ Nunes Marques, que não era citado em nenhuma bolsa de apostas.
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