Sábado, 18 de maio de 2024

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Voltar Em São Sebastião do Caí, 29 pessoas são resgatadas no primeiro dia de atuação do Gabinete de Crise

No primeiro dia de atuação do Gabinete de Crise avançado que está instalado em São Sebastião do Caí, as forças de segurança resgataram 29 pessoas. O helicóptero Águia 12, da Polícia Militar de São Paulo, passou o dia percorrendo as áreas tomadas pelas águas para socorrer as pessoas que estavam ilhadas.

O Gabinete de Crise está no comando das operações, que contam com o trabalho de profissionais da Brigada Militar, do Corpo de Bombeiros Militar, da Defesa Civil estadual, da Assistência Social, da Polícia Militar de São Paulo e do Samu. Eles se dividem para atuarem nas buscas, na apuração de informações e no acolhimento da população local.

O chefe de Gabinete de Crise, Tenente Coronel Euclides Neto, explicou que o foco no momento é salvar vidas. “Nosso trabalho será por etapas, e, neste momento, por determinação do governador Eduardo Leite, a prioridade é salvar o maior número de pessoas possível”, enfatizou.

O prefeito de São Sebastião do Caí, Júlio César Campani, relatou que 80% da cidade está debaixo de água e que não está medindo esforços para atender à população local. “Começamos a nos preparar na primeira emissão de alerta e nossa atenção agora é em evitar óbitos na região”, afirmou.

Quando descem no helicóptero, as pessoas resgatadas são atendidas pelos assistentes sociais, que preenchem um cadastro de identificação, oferecem coberta e alimentação. Depois, ela são encaminhadas para abrigos ou para casa de parentes.

A secretária de Assistência Social de São Sebastião do Caí, Mônica Alles, informou que cerca de 400 moradores estão nos abrigos do município, número que tende a aumentar nos próximos dias.

Postos avançados

O governo estadual instalou postos avançados nas regiões mais afetadas para acelerar operações de resgate. Além de São Sebastião do Caí, estabelecidas bases em Santa Cruz do Sul, liderado pelo vice-governador Gabriel Souza; e Bento Gonçalves, pelo secretário-chefe da Casa Civil, Arthur Lemos. Além disso, há representantes da Defesa Civil atuando em bases nas cidades de Candelária e Lajeado.

Dada a complexidade da crise, o governo do Estado descentralizou o comando das operações, instaurando o Gabinete de Crise em mais duas cidades. Em Bento Gonçalves, ele é coordenado, e em Santa Cruz do Sul, pelo vice-governador Gabriel Souza.

Com atuação transversal, envolvendo representantes de diversas secretarias, os postos avançados estão operando em articulação com o Grupo de Gestão Operacional, instalado no Comando Militar do Sul (CMS), e o Gabinete de Crise central, que se reúne diariamente na sede da Defesa Civil. Ambos os núcleos funcionam em Porto Alegre, sob liderança do governador Eduardo Leite.

Com a medida, que aproxima as autoridades da realidade local, o governo pretende acelerar o trabalho de identificação e resgate de famílias isoladas ou ilhadas nas regiões mais afetadas pelas cheias. Paralelamente, as equipes trabalharão na logística de fornecimento de doações e assistência humanitária para as pessoas desabrigadas, além de agilizar a organização dos espaços públicos que estão recebendo os desalojados.

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