Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 9 de dezembro de 2024
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no domingo (8) que vai deportar todos os imigrantes ilegais dos EUA. Em entrevista à rede de TV NBC, a primeira de Trump após ser eleito, ele também salientou que vai acabar com o direito de cidadania norte-americana por nascimento. Mas apontou para a possibilidade de um acordo para regularizar jovens que entraram no país com seus país.
“Eu acho que temos de fazer isto”, disse Trump ao ser questionado por jornalistas da TV sobre se manterá seu plano de deportar todos os imigrantes ilegais.
Ele afirmou que pretende deportar os imigrantes ilegais ao longo do seu mandato, que começa em janeiro de 2025 e dura quatro anos. Mas não explicou de que forma fará isso — os EUA têm cerca de 11 milhões de pessoas nessa condição, segundo o Pew Research Center, instituto de pesquisas norte-americano. E é preciso que os EUA tenham acordos com cada país de origem deles para fazer a devolução.
Reafirmando o discurso anti-imigração da campanha, o republicano declarou também, na entrevista, que pretende acabar com o direito de nacionalidade por nascimento já no primeiro dia de governo. Atualmente, bebês que nascem nos EUA, mesmo que seja filho de estrangeiros, recebe a nacionalidade norte-americano.
Por outro lado, ele se disse também disposto a negociar a situação dos “dreamers”, como são chamados os filhos de imigrantes ilegais que entraram nos EUA com seus pais quando ainda eram crianças. Em seu primeiro mandato, ele defendeu a deportação dos dreamers.
Na entrevista, Trump afirmou também que vai reduzir as ajudas militares e financeiras para a Ucrânia, um dia depois de se encontrar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Paris, na França. Ele disse ainda não ter falado com o presidente russo, Vladimir Putin. A entrevista foi transmitida na noite de domingo na NBC.
No final de novembro, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, reuniu-se com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, em Palm Beach, Flórida.
O encontro ocorreu após Rutte afirmar, logo após a eleição de Trump, em 5 de novembro, que queria conversar com o presidente eleito sobre como enfrentar a “ameaça” representada pelo fortalecimento dos laços entre a Rússia e a Coreia do Norte com o presidente eleito.
“Estou ansioso para me sentar com o Presidente Trump e discutir como podemos garantir coletivamente o enfrentamento desta ameaça”, disse Rutte em 7 de novembro.
Desde então, o chefe da Otan não parou de alertar sobre o perigo de uma aproximação entre a China, a Coreia do Norte e o Irã, três países acusados de ajudar a Rússia na sua guerra contra a Ucrânia.
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