Sábado, 14 de dezembro de 2024

Sábado, 14 de dezembro de 2024

Voltar Em 10 anos, 86 bilhões de reais deixaram de ser arrecadados com mercado ilegal de cigarros

Um levantamento do Instituto Ipec Inteligência aponta que, em 2021, a ilegalidade respondeu por 48% de todos os cigarros consumidos no Brasil, destes, 39% foram contrabandeados, principalmente do Paraguai, e 9% produzidos no Brasil por fabricantes classificadas como “devedoras contumazes” de impostos.

Calcula-se que 53,1 bilhões de cigarros ilegais circularam nas cidades brasileiras no último ano. Nos últimos 10 anos, mais de R$ 86 bilhões deixaram de ser arrecadados no Brasil por causa do mercado ilegal.

O prejuízo em evasão fiscal de cigarros ilegais é de R$ 10,2 bilhões. Esse valor, se revertido em benefícios para a população, segundo a pesquisa, poderia ser usado para a construção de 110 mil unidades de casas populares. A pesquisa é divulgada pelo FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade).

Um cigarro ilícito chega a ser 65% mais barato do que o produto legal. O produto ilegal custa cerca de R$ 4,60, já o produto legal, produzido sob as normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é comercializado por lei a partir de R$ 5, mas pode chegar às mãos do consumidor por até R$ 7,61.

Além disso, segundo o levantamento, 88% dos cigarros ilegais são vendidos em comércios formais, como bares, padarias e mercadinhos.

Segundo a instituição, o cenário de pandemia e dólar em alta contribuiu para que o mercado ilegal de cigarros se mantivesse relativamente estável nos últimos dois anos, passando de uma participação de mercado de 49% para 48%, após queda inédita de 8 pontos porcentuais em 2020.

Realizada desde 2014, a pesquisa Ipec (antigo Ibope) tem abrangência nacional e, nesta edição, foi a campo de julho a novembro de 2021.

Foram realizadas entrevistas presenciais com 50.975 mil fumantes com idades de 18 a 64 anos, residentes em municípios com 20 mil habitantes ou mais.

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