Terça-feira, 15 de outubro de 2024
Por Redação Rádio Caiçara | 29 de setembro de 2023
O bilionário francês Bernard Arnault, presidente e CEO do império do luxo LVMH, da grife Louis Vuitton, e o oligarca russo Nikolai Sarkisov estão sendo investigados por suspeita de lavagem de dinheiro em uma cidade turística nos Alpes, anunciou a procuradoria de Paris.
De acordo com a fonte, que confirmou uma informação do jornal Le Monde, o procedimento incorporou um relatório da unidade de inteligência financeira do Ministério da Economia francês sobre as operações dos dois magnatas na vila de Courchevel, conhecida como um playground de magnatas.
Com base neste relatório, o jornal francês afirma que em 2018, Sarkisov, de 55 anos, comprou 14 propriedades imobiliárias em Courchevel por € 16 milhões (R$ 85 milhões) através de uma rede complexa de empresas na França, Luxemburgo e Chipre.
Oficialmente, o comprador era a empresa La Flèche. O nome do oligarca não aparece em seus estatutos, embora ele fosse o proprietário efetivo.
Através desta empresa, o oligarca russo comprou outras três propriedades na mesma estação de esqui por € 2,2 milhões (R$ 11 milhões) que geraram um ganho de capital de € 1,2 milhão (R$ 6,5 milhões) para outra empresa, a Croix Realty, da qual ele também é o proprietário através de outra complexa estrutura empresarial.
Para financiar essas operações, Arnault, que possui uma das maiores fortunas do mundo e proprietário do grupo LVMH, que reúne as marcas Louis Vuitton Moët Hennessy, Christian Dior, Tiffany e Dom Pérignon Champagne, entre outras, transferiu para Sarkisov € 18,3 milhões (R$ 97,5 milhões). Ele então comprou o conjunto da empresa La Flèche, tornando-se o beneficiário efetivo dessas propriedades.
Os investigadores do Ministério da Economia francês, citados pelo Le Monde, consideram que essa estrutura busca “esconder a origem exata dos fundos” e “disfarçar o beneficiário efetivo de todas essas operações, ou seja, Bernard Arnault”.
O grupo LVMH se recusou a fazer qualquer comentário. Um porta-voz disse ao jornal Le Monde que a operação foi realizada “no mais estrito respeito pela lei”.
O círculo próximo do oligarca, citado pelo Le Monde, afirmou que o ganho de capital da operação foi apenas de “algumas centenas de milhares de euros” e Sarkisov “não esteve pessoalmente envolvido” nela.
O jornal francês informou ainda que em 2018, Sarkisov comprou 14 propriedades imobiliárias em Courchevel por € 16 milhões (R$ 85 milhões).
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