Segunda-feira, 20 de maio de 2024

Segunda-feira, 20 de maio de 2024

Voltar Dólar sobe e fecha a R$ 5,14 após novo corte nos juros e Banco Central dividido

O dólar fechou em alta de mais de 1% nesta quinta-feira (9), à medida que investidores repercutiam a nova decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na véspera. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), fechou em baixa de 1%.

Na quarta-feira (8), o Banco Central do Brasil (BC) decidiu reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual, contrariando suas próprias estimativas – em março, o colegiado havia previsto um corte de 0,50 p.p. na reunião deste mês.

O movimento, segundo especialistas, reflete a piora do quadro fiscal e a manutenção dos juros nos Estados Unidos.

Na agenda, investidores ainda monitoraram uma série de indicadores locais e internacionais divulgados ao longo da semana, além de vários balanços corporativos.

O que ocorre?

O principal destaque desta semana fica com a decisão de política monetária do Copom. O BC decidiu reduzir o ritmo de cortes da taxa básica de juros e diminuiu a Selic em 0,25 p.p., contrariando suas próprias estimativas.

Na reunião de março, a instituição havia estimado promover mais um corte de 0,50 p.p. da Selic em maio, em linha com as reduções dos últimos encontros.

Desde então, no entanto, o cenário mudou bastante. Em meados de abril, após o governo propor reduzir as metas para as contas públicas dos próximos anos, Campos Neto afirmou que o trabalho do BC para conduzir a inflação aos patamares pré-estabelecidos ficou mais “custoso e difícil”.

Isso porque, ao possibilitar mais gastos públicos em relação ao que era esperado anteriormente com a mudança das metas fiscais, a tendência é de uma pressão maior sobre inflação nos próximos anos – dificultando seu controle.

Além disso, o cenário de incertezas ganhou ainda mais força após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sinalizar que os juros na maior economia do mundo podem demorar mais a cair.

Na semana passada, o BC dos EUA manteve os juros do país inalterados no patamar entre 5,25% e 5,50% ao ano, no maior nível em 20 anos, voltando a enfatizar a cautela com a inflação. De acordo com a ferramenta FedWatch, que reúne as projeções do mercado para as taxas de juros nos Estados Unidos, um ciclo de corte nas taxas só deve começar em setembro – ou até depois disso.

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