Terça-feira, 25 de março de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 4 de novembro de 2023
O dólar fechou em queda na semana, em um movimento de ajuste após o feriado do Dia de Finados e com foco em dados de emprego mais fracos do que o esperado nos Estados Unidos. A moeda americana recuou 1,56%, cotada a R$ 4,89, maior recuo percentual em um único dia desde 23 de agosto, quando cedeu 1,63%.
A cotação de fechamento é a menor desde 20 de setembro, quando atingiu R$ 4,88. Nesta semana, o dólar acumulou queda de 2,31%.
Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, subiu 2,70%, maior avanço desde 5 de maio, quando teve alta de 2,9%. Na semana, acumulou alta de 4,29%, aos 118.160 pontos. O volume negociado foi de R$ 20,40 bilhões.
O dia foi de alta praticamente generalizada no índice, com apenas as ações da Suzano tendo fechado em queda.
Os maiores destaques da sessão foram as chamadas “smallcaps”, mais sensíveis ao movimento dos juros. O índice da B3 que reúne essas empresas subiu 4,55% e a maior alta foi do Grupo Casas Bahia, com avanço de 17,39%. Vamos, Magazine Luiza e Locaweb subiram mais de 10%.
Os investidores repercutiram o terceiro corte consecutivo da Selic, agora em 12,25% ao ano. Quanto mais baixos os juros estiverem no país, maior tende a ser o apetite por risco no mercado. Assim, investidores tendem a vender seus títulos de renda fixa e comprar ações, por exemplo, o que impulsionou a bolsa brasileira.
Para Felipe Villegas, estrategista de ações da Genial, “Ainda não vemos ponto de inflexão nos resultados dessas empresas (small caps) , mas a queda dos juros futuros tem um efeito muito grande”.
O principal destaque dos mercados desta sexta-feira ficou com o relatório de emprego dos Estados Unidos, também conhecido como “payroll”. O documento indicou que a economia americana criou 150 mil vagas de emprego em outubro. O número veio abaixo do esperado pelo mercado, que previa 180 mil novas vagas no mês.
Segundo investidores, o mercado está apostando que o teto do juros definido pelo Fed (neste ciclo de aperto monetário) já foi atingido… e isso beneficia demais os emergentes, que naturalmente são ajudados pelo fechamento do diferencial de juros”.
Na última quarta-feira, o Fed manteve as taxas de juros do país inalteradas, mas deixou a porta aberta para outro eventual aumento nos custos do empréstimos no futuro. As bolsas dos EUA fecharam em alta . Em Nova York, S&P 500 subiu 0,94%, aos 4.358 pontos, Dow Jones avançou 0,66%, para 34.061 pontos, e Nasdaq ganhou 1,38%, aos 13.478 pontos.
Apesar de ter fechado a semana em alta, o real sofreu no fim da última semana e começo desta, com o peso das dúvidas sobre a questão fiscal brasileira. Para o chefe de tesouraria do Braza Bank, Bruno Perottoni, o diferencial de juros ainda mantém o Brasil atrativo. “Com juros altos, o mercado aceita desaforo e até alguns ruídos”, afirma.
Para José Faria Junior, da Wagner Investimentos, o dia de hoje sugere reversão da tendência de alta de médio prazo, e o dólar pode voltar a cair para a região de R$ 4,80 e R$ 4,85. “Dissemos que seria melhor errar com dólares do que errar sem dólares no patamar de R$ 5,00.
Segundo ele, talvez agora o melhor seja esperar um pouco para fazer uma nova compra. Já em relação à venda, ele afirma que talvez o melhor a se fazer seja uma venda perto de R$ 4,90.
Mudança de horário
A B3 informou por meio de comunicado que, a partir desta segunda-feira, o horário de negociação na Bolsa sofrerá uma alteração em decorrência do final do horário de verão dos Estados Unidos. O início do pregão regular no mercado à vista continuará às 10h da manhã do horário de Brasília, mas o encerramento dos negócios mudará de 17h para 18h.
O mesmo vale para todos os ativos negociados no mercado de balcão organizado. Já o after-market funcionará de 19h às 19h30. Para o mercado de ações não haverá after-market, exceto na data de vencimento de opções. A B3 não informou até quando valem os novos horários.
No Ar: Bom Dia Caiçara