Sábado, 10 de maio de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 9 de maio de 2025
No Dia D de vacinação contra a gripe (influenza), que será realizado neste sábado (10), cerca de 400 municípios do Rio Grande do Sul irão realizar atividades de mobilização para a imunização dos grupos prioritários.
Em 2025, foram notificados no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe), 318 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza, sendo que 26 deles evoluíram para óbito. O principal vírus identificado foi o da influenza A, subtipo H1N1.
Embora o período de maior circulação do vírus seja o inverno, em meados de abril já foi verificado um aumento no número de casos e de óbitos. Foram notificados 66 casos de SRAG por influenza, e seis deles evoluíram para óbito.
O público-alvo da estratégia de vacinação contra gripe no Rio Grande do Sul, iniciada em abril, supera 5,3 milhões de pessoas. Elas fazem parte dos grupos prioritários selecionados pelo Ministério da Saúde para serem imunizados, seja por estarem mais expostos, seja por causa dos riscos de agravamento da doença.
“O objetivo é proteger a população que integra o público-alvo para reduzir as complicações, as internações e as mortes decorrentes das infecções pelo vírus influenza”, ressalta a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Tani Ranieri. Com a proteção da vacina, também é possível reduzir a sobrecarga de atendimentos nos serviços de saúde em decorrência de doenças respiratórias.
A estimativa é que 5.324.874 pessoas pertençam aos grupos prioritários, cuja distribuição é a seguinte:
– Crianças a partir de 6 meses e menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias): 830.039
– Gestantes (em qualquer período gestacional): 90.731
– Idosos (a partir de 60 anos): 2.314.385
– Trabalhadores da saúde: 453.057
– Puérperas (até 45 dias após o parto): 14.915
– Professores dos ensinos básico e superior: 153.385
– Povos indígenas: 41.091
– Pessoas em situação de rua: 4.128
– Profissionais das forças de segurança e de salvamento: 28.178
– Profissionais das Forças Armadas: 38.899
– Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade): 665.072
– Pessoas com deficiência permanente: 464.668
– Caminhoneiros: 128.564
– Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso): 29.034
– Trabalhadores portuários: 4.051
– Trabalhadores dos Correios: 5.347
– Funcionários do sistema de privação de liberdade: 6.745
– População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos): 34.948
A meta é vacinar 90% das gestantes, das crianças e dos idosos. Esse índice, contudo, ficou abaixo do esperado nos últimos anos: 79,3% em 2021; 65,2% em 2022; 56,4% em 2023; e 52,3% em 2024. Para os demais grupos que serão vacinados na estratégia especial, não é estipulada uma meta, uma vez que o número de pessoas aptas a receberem o imunizante é apenas uma estimativa.
Uma das novidades a partir deste ano é a inclusão da vacina da gripe no Calendário Nacional de Vacinação para crianças a partir de 6 meses e menores de 6 anos, gestantes e idosos (a partir de 60 anos), tornando permanente a proteção para esses públicos, ou seja, a vacinação fica disponível ao longo de todo o ano a partir da chegada das doses.
A vacinação é considerada a melhor estratégia de prevenção contra a influenza e possui capacidade de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos.
A influenza causa uma infecção aguda que afeta o sistema respiratório. Ele possui uma elevada transmissibilidade, distribuição global e tendência de fácil disseminação em epidemias sazonais, podendo levar, inclusive, a uma situação de pandemia. Os casos de influenza variam de quadros leves a graves e podem levar ao óbito.
A vacina contra influenza é produzida no Brasil pelo instituto Butantan. Os imunizantes das campanhas atuais são trivalentes e protegem contra os vírus da influenza A (de dois subtipos, H1N1 e H3N2) e da influenza B, que são os de maior importância epidemiológica, de acordo com a própria Organização Mundial da Saúde.
No Ar: Caiçara Confidencial