Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação Rádio Caiçara | 15 de abril de 2023
Desde o início, o governo dos Estados Unidos tentou conter as consequências constrangedoras do vazamento, que expôs vulnerabilidades na defesa aérea da Ucrânia e avaliações de aliados em uma série de delicadas questões de inteligência.
A Casa Branca, no entanto, ainda não conseguiu avaliar todas consequências diplomáticas e de segurança nacional dos documentos vazados desde que o escândalo estourou, na semana passada. Um importante porta-voz do Pentágono disse que as revelações representam um “risco muito sério para a segurança nacional”. O Departamento de Justiça abriu uma investigação para apurar o caso.
O site Discord é uma plataforma de mídia social popular entre pessoas que gostam de jogos online. O site, que hospeda chats de voz, vídeo e texto em tempo real para grupos, disse estar cooperando com as autoridades americanas.
China
Por mais que o governo americano tente amenizar a importância do conteúdo dos documentos, o vazamento foi um desastre para os EUA. Entre os detalhes mais constrangedores estão os pontos fracos do sistema de defesa aérea da Ucrânia e as dificuldades enfrentadas em uma possível contraofensiva ucraniana.
Outros documentos revelam uma abordagem constrangedora dos EUA com seus aliados. A Coreia do Sul foi pressionada a enviar armamento e munição à Ucrânia. O Mossad, serviço secreto de Israel, teria incentivado seus agentes a participar dos protestos contra o governo do premiê Binyamin Netanyahu.
Em razão da quantidade de documentos, as revelações vêm a conta-gotas. Ontem, um relatório de inteligência dos EUA, com base em conversas interceptadas da agência de espionagem russa, sugeriu que a China havia aprovado o envio de ajuda letal a Moscou, no início do ano.
O governo chinês, de acordo com os americanos, planejava fornecer armas como se estivesse enviando equipamento de uso civil. Os documentos, no entanto, não confirmam que a ajuda chinesa tenha realmente sido enviada à Rússia.
ONU
Segundo outros documentos divulgados ontem, os EUA também espionaram o secretário-geral da ONU, António Guterres. Para Washington, o português estava sendo condescendente em relação aos interesses russos na Ucrânia.
Os novos documentos contêm observações do secretário-geral sobre a guerra e informações sobre o acordo para liberar a exportação de grãos no Mar Negro, negociado pela ONU e pela Turquia, em julho, em meio a temores de uma grave crise alimentar mundial.
“Guterres enfatizou seus esforços para melhorar a capacidade de exportação da Rússia, mesmo que isso envolva entidades ou indivíduos russos sob sanções”, diz um documento. Os americanos também disseram que o secretário-geral da ONU estava prejudicando os esforços para responsabilizar a Rússia pela guerra na Ucrânia.
Segundo reportagem da BBC, um funcionário da ONU alegou que a organização foi “movida pela necessidade de mitigar o impacto da guerra sobre os mais pobres e isso significa fazer o possível para reduzir o preço dos alimentos e garantir que os fertilizantes sejam acessíveis aos países que mais precisam”.
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