Terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Voltar Deputado federal Alexandre Ramagem fugiu pela Guiana e usou passaporte diplomático nos Estados Unidos, diz Polícia Federal

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta segunda-feira (15) que o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) deixou o Brasil em setembro de forma clandestina pela fronteira do Brasil com a Guiana.

Rodrigues participou de um café da manhã com jornalistas nesta segunda, no qual fez um balanço sobre as atividades da PF

De acordo com as investigações da PF, Ramagem atravessou a fronteira pelo Estado de Roraima sem passar por nenhum posto migratório.

Segundo as apurações, no país vizinho, Ramagem embarcou no Aeroporto de Georgetown, na capital da Guiana, com destino aos Estados Unidos, aonde ingressou utilizando passaporte diplomático. O documento, no entanto, já havia sido cancelado.

O deputado federal, que foi delegado da PF em Roraima, saiu do Brasil no mês em que o STF julgou os integrantes do núcleo crucial da trama golpista. Além de Ramagem, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros seis integrantes do grupo foram condenados pela Primeira Turma da Corte.

Ramagem foi condenado a 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão por organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

A Polícia Federal está fechando o cerco contra pessoas que teriam ajudado o deputado federal a deixar o país. A corporação já reuniu informações sobre pessoas que teriam financiado organizado a fuga.

No último sábado (13), a PF prendeu, em Manaus, Celso Rodrigo de Mello, filho do garimpeiro de Roraima Rodrigo Cataratas. Celso teria ajudado Ramagem a deixar o país.

A ordem de prisão foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. A defesa alega inocência de Celso afirma que ele é inocente. Essa foi a primeira prisão relacionada à fuga do parlamentar.

Pedido de asilo

Nesta segunda, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou à TV Globo que Ramagem já entrou com pedido de asilo político nos Estados Unidos.

Sóstenes disse que conversou com o deputado por telefone. E que, como líder do PL, vai pedir ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que não coloque em votação nesta semana o processo que pode levar à cassação do parlamentar.

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